Avaliação do óleo de sacha kiruma (Plukenetia volubilis L.) no duodeno e fígado de camundongos C57BL/6 e APO E-/-

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Thomazini, Bruna Fontana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Mestrado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2336
Resumo: Sacha kiruma (Plukenetia volubilis L.) é uma planta oleaginosa nativa da Amazônia Peruana. O óleo extraído de suas sementes é muito rico em ácidos graxos poliinsaturados, diretamente relacionados à prevenção de doenças cardiovasculares, dentre elas, a aterosclerose. Para seu transporte, os lipídeos formam complexos com proteínas, as apoproteínas. A apoproteína E (Apo-E) é sintetizada principalmente no fígado e no intestino e se relaciona com a absorção celular de quilomícrons ricos em triglicerídeos remanescentes e VLDL. A produção de animais knockout para o gene da apoproteína E apresenta como principal característica o rápido e espontâneo aparecimento de lesões ateroscleróticas nas artérias, similares àquelas encontradas em humanos. O intestino delgado é o sítio de absorção de componentes da dieta, dentre eles os lipídeos, enquanto o fígado apresenta-se como o sítio de modificação e/ou armazenamento de compostos. Os objetivos foram extrair o óleo de sementes de sacha kiruma por meio de método químico (hexano), determinar o perfil de ácidos graxos e avaliar os efeitos desse óleo na estrutura do duodeno e fígado de camundongos Apo-E -/- e selvagens BlackC56/7. Os resultados da avaliação do óleo extraído para este estudo indica percentual de ácidos graxos similar ao citado na literatura. Entre os tratamentos não foram encontradas alterações no duodeno com relação à superfície de absorção, morfometria de cripta e espessura das camadas musculares e da mucosa. Com relação à altura do epitélio absortivo, os animais knockout do grupo controle apresentaram maior média se comparados com os grupos knockout tratados com o óleo. A freqüência de enterócitos, linfócitos, células caliciformes e células de Paneth não sofreram alterações devido ao tratamento proposto. Em relação às células caliciformes AB+PAS+, foi observada maior freqüência nos grupos selvagens tratados com óleo de sacha kiruma em relação aos controles. No fígado também não foram encontradas diferenças devido ao tratamento na frequência dos componentes hepáticos, nem na relação de diâmetro do citoplasma/ diâmetro do núcleo dos hepatócitos. Com isso, concluiu-se que o método de extração com hexano mostrou ser eficiente na extração de óleo das sementes de sacha kiruma. Este óleo apresentou composição lipídica similar daquela descrita na literatura, mantendo suas propriedades terapêuticas. O ensaio não mostrou indícios de que a dieta com o óleo de sacha kiruma possa ter alterado a estrutura histológica no duodeno ou fígado dos camundongos.