Correlações, análise de trilha e diversidade fenotípica e molecular em soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nogueira, Ana Paula Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Doutorado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1333
Resumo: A soja é um dos principais produtos agrícolas que participam da economia brasileira, ocupando posição de destaque nas exportações do País. Sabe-se que a base genética da soja, no Brasil, é estreita e o estudo de diversidade genética propicia informações importantes para o melhoramento genético. Ao longo do processo seletivo, deseja-se melhorar simultaneamente vários caracteres. Desse modo, informações sobre correlações e análise de trilha contribuem para elaboração de estratégias de seleção. Os objetivos deste trabalho foram estudar as correlações entre caracteres, bem como seu desdobramento pela análise de trilha tendo-se como caráter principal a produção de grãos; avaliar a diversidade genética em soja com base em caracteres fenotípicos e marcadores moleculares microssatélites. Foram conduzidos experimentos em condições de casa de vegetação e em laboratório. Este primeiro envolveu 90 genótipos de soja, cultivados em duas épocas de semeadura em delineamento de blocos casualizados com três repetições. Foram avaliados caracteres qualitativos e quantitativos. No experimento em laboratório, foram estudadas 41 cultivares de soja mais produtivas e mais cultivadas em diferentes regiões do País, utilizando-se 40 marcadores microssatélites. Foram verificadas diferenças significativas na ordem de 1% de probabilidade para todos os caracteres estudados. Os estudos das correlações fenotípicas, genotípicas e a análise de trilha identificaram o número de vagens por planta, independentente da época de semeadura, de maior efeito favorável sobre a produção de grãos em soja. A época de semeadura influenciou na expressão de caracteres agronômicos e, consequentemente, nas estimativas de correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais. Para os caracteres fenotípicos, empregaram-se análises uni e multivariadas. Com base na distância generalizada de Mahalanobis (D2) observou-se alta divergência entre os genótipos estudados. Na semeadura de fevereiro, D2 oscilou de 4,38 a 458,68, ao passo que, na semeadura de dezembro, tal medida teve menor amplitude, variando de 2,62 a 362,46. Os caracteres de maior contribuição da dissimilaridade genética foram o número de dias para maturidade, a altura de planta na maturidade e a massa seca da parte aérea. Os métodos de Tocher e UPGMA apresentaram semelhança no padrão de agrupamento. Em torno de 50% dos 90 genótipos estudados constituíram um mesmo grupo e pertencem à região de adaptação no Centro-oeste. Os agrupamentos gerados permitem a identificação de genitores divergentes para cruzamentos. Entre os 40 locos microssatélites, dois foram monomórficos e 38 marcadores amplificaram 131 alelos, oscilando entre dois e cinco alelos por loco, com média de 3,45. Adotou-se o índice ponderado pelo número de alelos para estimar a dissimilaridade entre as 41 cultivares. Essa, por sua vez, oscilou entre 0,26 a 0,80 com média de 0,57. A distribuição da dissimilaridade entre os pares de 41 genótipos compreendeu 75% entre as distancias de 0,5 e 0,69. Ao realizar um corte em torno de 87% de dissimilaridade, verificou-se a formação de doze grupos com número distintos de cultivares. Houve semelhança entre as metodologias de UPGMA e Tocher na constituição dos grupos. O uso de marcadores moleculares microssatélites permitiu detectar significativa variabilidade genética em cultivares elites indicando que ainda existe variabilidade genética útil ao melhoramento de soja no Brasil.