Variabilidades espacial e temporal do teor de água de um Argissolo Vermelho-Amarelo sob plantios convencional e direto de feijão irrigado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Cerqueira, Elder Sânzio Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9635
Resumo: Este trabalho teve por objetivo estudar as variabilidades espacial e temporal do teor de água de um Argissolo Vermelho-Amarelo irrigado por pivô central, bem como avaliar o efeito do teor de água no solo sobre a produtividade do feijoeiro, em plantios direto e convencional de feijão. Inicialmente, foi feita a caracterização da cobertura vegetal da área sob plantio direto, bem quanto a análise de textura do solo, totalizando 30 e 60 pontos amostrais nos plantios direto e convencional, respectivamente, mediante o uso de malha de 15,00 por 15,00 m. Para a determinação do teor de água no solo, foram feitas amostragens de três em três dias, em uma malha de 10,00 por 10,00 m, com o total de 69 e 136 pontos nos plantios direto e convencional, respectivamente, totalizando 5.330 pontos amostrados em 26 dias. A produtividade do feijão foi avaliada em uma malha de 20,00 por 20,00 m, num total de 13 e 26 pontos nos plantios direto e convencional, respectivamente. As análises das frações granulométricas do solo permitiram caracterizá-lo, nos dois sistemas de plantio, como de textura argilosa. O alcance encontrado foi de 87,60; 80,80; e 87,30 m, em argila, silte e areia, respectivamente, no plantio convencional; e 64,66; 44,40; e 227,70 m, em argila, silte e areia, respectivamente, no plantio direto. Verificou-se que os modelos ajustados e selecionados de semivariogramas, nos dois sistemas de plantio, com exceção da variável areia, no plantio direto, foram os mesmos, evidenciando que a estrutura de variação no espaço é similar em todas as granulometrias, com forte grau de dependência espacial. Para a análise do teor de água no solo, foram consideradas as seguintes fases de desenvolvimento da cultura do feijão: V1 – Emergência, V3 – Primeira folha trifoliolada, R6 – Floração, R8 – Enchimento das vagens e R9 – Maturação fisiológica. O melhor ajuste dos modelos aos semivariogramas foi o esférico, em ambos os sistemas de plantio, à exceção da fase R6, do plantio direto, que apresentou o modelo exponencial. Em uma análise conjunta dos alcances de todas as fases de desenvolvimento da cultura, o alcance variou de 68,50 a 78,30 m no plantio convencional e de 58,20 a 210,90 m no plantio direto, permitindo classificar como forte o grau de dependência espacial. Descartando-se a fase V1, os alcances variaram nas demais fases de 68,50 a 78,30 m no plantio convencional e de 100,00 a 210,90 m no plantio direto, indicando que inferências a respeito dessa variável devem considerar, além do sistema de manejo empregado, a variação espacial desse atributo nas fases de desenvolvimento da cultura. A análise da produtividade apresentou melhor ajuste do modelo ao semivariograma, nos plantios convencional e direto; o modelo esférico, com alcance da ordem de 45,70 e 56,60 m, respectivamente, permitiu classificar como forte o grau de dependência espacial. A correlação entre a produtividade e o teor de água no solo nas fases R6 e R8, nos dois sistemas de plantio, apresentou-se baixa. Em face das metodologias empregadas neste trabalho, os resultados permitiram as seguintes conclusões: a) a dependência espacial das variáveis textura, teor de água no solo e produtividade ocorreu nos dois sistemas de plantio; b) identificou-se uma estabilidade na variabilidade temporal do teor de água no solo, nos dois sistemas de plantio; e c) a correlação entre a produtividade e o teor de água no solo, nos dois sistemas de plantio, foi baixa, verificando-se que a água não foi o fator limitante da produtividade.