Curva de lactação, efeitos ambientais e genéticos sobre o desempenho produtivo de cabras leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Guimarães, Vinícius Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11297
Resumo: Os dados deste estudo − provenientes do rebanho do setor de caprinocultura da Universidade Federal de Viçosa − foram utilizados com os objetivos de comparar modelos estatísticos que proporcionem ajuste para curva de lactação; determinar fatores de meio que interferem no formato da curva e, conseqüentemente, na produção; e estimar parâmetros genéticos, como herdabilidade e repetibilidade, da produção de leite. A consistência dos dados fundamentou-se na exclusão de lactações em que o primeiro controle só foi efetuado em tempo igual ou superior a 35 dias após o parto. Intervalos sem controle de leite foram permitidos em no máximo 21 dias, que corresponde a praticamente três ausências na pesagem do leite. Lactações muito curtas (abaixo de 80 dias) e superiores à quarta, por não representarem uma fração significativa no conjunto de dados, não foram consideradas. Após a triagem, foram utilizados 23.502 registros de produção de leite no estudo. Dentre os modelos estudados, o proposto por Nelder (1966) foi o que melhor se ajustou à curva de lactação para os animais avaliados. Este modelo obteve as menores estimativas de desvio residual médio (DMA) e a menor dispersão no gráfico de resíduos. A definição de pelo menos dois critérios na escolha dos modelos foi fundamental, tendo em vista a proximidade das estimativas para cada equação, com falsa indicação de ajuste para alguns modelos. Verificaram-se também diferenças nos parâmetros do modelo escolhido para as diferentes lactações e raças, porém a utilização de uma única curva estimada garante maior facilidade na avaliação produtiva, apesar do erro decorrente dessa extrapolação. Não houve influência de raça sobre a produção de leite e seus constituintes, sugerindo igualdade produtiva entre os animais Saanen e Alpinos nas condições estudadas. A idade ao parto, o mês de parto, o ano de parto e o número de crias interferiram significativamente na produção total de leite e na maioria de seus constituintes. Houve tendência de maior produtividade para os primeiros meses do ano (Jan. - Jun.), tanto para produção quanto para porcentagem de gordura, proteína, extrato seco (ES) e lactose, possivelmente pelas condições de umidade e temperatura mais amenas nessa época do ano. Foi encontrada herdabilidade de 0,47 para produção total de leite, indicando a possibilidade da seleção individual para essa característica. O elevado valor para repetibilidade de 0,61 reforça a existência de alta correlação entre lactações do mesmo animal. Os constituintes do leite tiveram valores de herdabilidade muito baixos, demonstrando a necessidade de teste de progênie para incremento dessas características em seleções direcionadas.