Distribuição de ecto e hemoparasitas em cães no estado do Rio Grande do Norte, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Caroline Gracielle Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21677
Resumo: Diversas espécies de parasitos podem afetar a saúde dos cães e apresentam importância zoonótica pela transmissão de patógenos ao ser humano. Por isso o conhecimento da fauna ectoparasitária e de hemoparasitas é fundamental para o controle e prevenção de enfermidades. O presente estudo objetivou caracterizar morfologicamente as espécies de ectoparasitas, determinar a prevalência das hemoparasitoses que acometem cães e identificar os fatores de risco associados à infecção no Estado do Rio Grande do Norte. Foram inspecionados 912 cães em 14 municípios do Rio Grande do Norte para pesquisa de ectoparasitas, e analisadas as fichas de anamnese e hemogramas de 4114 cães atendidos no HOVET/UFERSA, provenientes de 23 municípios do Estado. Foram identificadas dez espécies de ectoparasitas, sendo Rhipicephalus sanguineus o carrapato mais frequente. Registra-se a primeira ocorrência de Amblyomma oblongoguttatum, Amblyomma rotundatum e Ornithodoros spp. parasitando cães no Rio Grande do Norte. Dos animais analisados para hemoparasitas, 25,13% apresentaram resultados positivos para Anaplasma platys (71,37 %), Ehrlichia canis (8,32%), Hepatozoon canis (2,8%), Babesia canis (2,51%) e coinfecções (15%). As alterações hematológicas mais frequentes foram anemia normocítica normocrômica, leucopenia, trombocitopenia, formação de rouleaux, policromasia, hipocromasia, macrocitose, anisocitose, poiquilocitose, corpúsculos de Howell Jolly e metarrubrícitos. A sintomatologia observada nos animais positivos para hemoparasitoses foram mucosas hipocoradas, depressão, perda de peso, vômito, febre, uveíte, linfadenomegalia, diarreia. Além destes, hepatoesplenomegalia e icterícia foram observados em animais com B. canis e H. canis. Os achados dessa pesquisa alertam para os fatores de risco associados à presença de parasitas que acometem os cães domésticos, domiciliados e errantes, como importantes vetores de patógenos com potencial zoonótico. Por isso, a elaboração de medidas adequadas de controle de ectoparasitas e o tratamento dos cães com hemoparasitas são medidas importantes tanto para a medicina veterinária quanto para saúde pública do Estado do Rio Grande do Norte.