Saúde e doença mental no meio rural
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento Mestrado em Extensão Rural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4128 |
Resumo: | O presente estudo aborda questões relativas à saúde e doença mental na pequena cidade de Ervália, localizada na Zona da Mata de Minas Gerias. A questão central que orientou esta pesquisa foi conhecer as representações sociais acerca da loucura, manifestas entre agentes de saúde, pacientes e familiares usuários do NAPS (Núcleo de Atenção Psico-Social) em funcionamento na localidade. O problema proposto envolve a relação entre as semelhanças e diferenças de representações dos pacientes e dos profissionais de saúde, enquanto carreadoras de expectativas e práticas tanto de estigmatização quanto de tratamento das doenças mentais. Utilizou-se como metodologia a análise de conteúdo e observação participante. Para tanto, foram analisados 660 prontuários, em que se buscou localizar palavras e locuções remetidas às representações sociais visadas. Paralelamente, pôde-se traçar uma caracterização dos usuários desse serviço, em sua maioria mulheres, moradoras da zona rural, com baixa escolaridade, e com diagnóstico de depressão ou ansiedade. Alcançando os objetivos propostos, verificou-se que as representações sociais sobre o tema loucura/saúde mental cambiam entre médicos e não-médicos, embora não completamente: aproximam-se na definição vaga de normalidade, divergem na compreensão da anormalidade e, parcialmente, quanto ao tratamento. De modo geral, as representações entre não-médicos indicam um entendimento não científico dos sintomas, valorização maior das condutas tidas como irracionais, despreocupação com uma nomenclatura ou classificação rígidas, com conseqüente maior tolerância em relação ao considerado louco embora não deixe de ocorrer sua valorização negativa. Para os médicos, priorização dos sintomas, apego a uma classificação nosográfica das patologias e conseqüente medicalização dos conflitos sociais. Quanto ao tratamento, ambas as representações convergem quanto ao uso de fármacos, mas divergem quanto ao recurso ao benefício do INSS, almejado por não-médicos, repudiado por médicos. Finalmente, foi possível, a partir dos resultados e discussões, elaborar algumas sugestões para o aprimoramento do atendimento aos usuários na instituição estudada. |