Nutrição e produtividade do feijoeiro em função do molibdênio contido na semente e da sua aplicação via foliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Ferreira, Alexandre Cunha de Barcellos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10781
Resumo: O presente estudo foi desenvolvido objetivando verificar a influência do conteúdo de molibdênio (Mo) na semente sobre a sua qualidade fisiológica e avaliar o efeito do Mo contido nas sementes, em associação com suas doses aplicadas via foliar aos 25 dias após a emergência, sobre a produtividade e a nutrição do feijoeiro, em duas épocas de plantio. Foram conduzidos dois experimentos com a variedade Meia-Noite. No experimento I, instalado em 24/03/1999, utilizaram-se sementes com quatro conteúdos de Mo (0,010 ± 0,0099; 0,138 ± 0,017; 0,24 ± 0,0253; e 0,535 ± 0,024 μg.semente -1 ), provenientes de trabalho anterior, combinadas com quatro doses de Mo aplicadas nas folhas (0, 40, 80 e 120 g.ha -1 ). No experimento II, instalado em 01/12/1999, foram usadas as mesmas doses do experimento I e sementes obtidas do primeiro experimento, com conteúdos de 0,000 ± 0; 0,062 ± 0,0107; 0,168 ± 0,0119; e 0,335 ± 0,0338 μg.semente -1 de Mo. Todas as sementes utilizadas vieram de amostras submetidas às mesmas condições ambientais, desde as etapas de produção no campo até o armazenamento. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, em quatro repetições, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 4x4. Em ambos os experimentos, a reserva de Mo nas sementes não influenciou a qualidade fisiológica destas. Com exceção do experimento I, no qual a condutividade elétrica oscilou com o aumento do conteúdo de Mo, não apresentando padrão definido, em ambos os experimentos a reserva de Mo nas sementes não influenciou a sua qualidade fisiológica. O conteúdo de Mo na semente, que variou de 0 a 0,535 μg.semente -1 no experimento I e de 0 a 0,335 μg.semente -1 no experimento II, não alterou a produtividade, evidenciando-se a necessidade da adubação molíbdica, que aumentou a produção de grãos. O rendimento de grãos atingiu o máximo (1.659 kg.ha -1 ) com a dose de 83,9 g.ha -1 de Mo (ganho de 41% em relação à dose 0 g.ha -1 ), no experimento I. No experimento II, o rendimento de grãos apresentou efeito linear crescente devido à dose de Mo, chegando a 1.114 kg.ha -1 . Nos dois experimentos, os componentes do rendimento que mais variaram foram o peso de sementes e o número de vagens por m 2 . O teor e o acúmulo do Mo nas folhas e nas sementes se elevaram com o aumento da adubação molíbdica. O nível crítico de Mo na matéria seca de folhas colhidas aos 35 dias após a emergência foi de 1,50 mg.kg -1 no experimento I e 3,64 mg.kg -1 no experimento II. O conteúdo de Mo nas sementes não influenciou a nutrição molíbdica da planta. A adubação foliar molíbdica melhorou significativamente o estado nutricional nitrogenado do feijoeiro, aumentando o teor de N orgânico na folha, a concentração de N orgânico e proteínas nas sementes e o rendimento de proteína. Ficou evidente a necessidade da adubação molíbdica, pois a reserva de Mo na semente, que variou de 0 a 0,535 μg.semente -1 no experimento I e de 0 a 0,335 μg.semente -1 no experimento II, não foi suficiente para a obtenção de elevadas produtividades.