Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Melo, Christiane Augusta Diniz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6300
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Resumo: |
O uso de herbicidas que apresentam elevado efeito residual no solo, a exemplo do sulfentrazone, pode apresentar sérios problemas de intoxicação de espécies suscetíveis e risco de contaminação ambiental. A biorremediação é ferramenta indicada para descontaminação de solos com herbicidas, sendo que a associação de plantas remediadoras com micro-organismos pode aumentar a eficiência da biodegradação do sulfentrazone. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar a eficiência da associação entre um consórcio microbiano e plantas remediadoras na biorremediação de solo contaminado com o sulfentrazone. Primeiramente realizou-se o isolamento de bactérias capazes de crescer na presença do sulfentrazone a partir de amostras de solo com histórico de aplicação do mesmo. O gênero Pseudomonas predominou dentre os 26 isolados bacterianos obtidos. Após triagem, Pseudomonas putida, Pseudomonas lutea, Pseudomonas plecoglossicida e três isolados de Pseudomonas sp. foram selecionados por serem mais eficientes na biodegradação do sulfentrazone. Posteriormente, foi montando um experimento em casa de vegetação em esquema fatorial 2x4x4, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. O primeiro fator constituiu-se da inoculação ou ausência do consórcio bacteriano selecionado, o segundo fator foi composto pelo monocultivo e cultivo misto das espécies fitorremediadoras Canavalia ensiformis (feijão-de-porco) e Helianthus annuus (girassol), além da ausência de cultivo e o terceiro fator pelo tempo de biorremediação (25, 45, 65 e 85 dias após o desbaste). Foram analisadas a capacidade de promoção de crescimento vegetal pelo consórcio bacteriano, a biomassa e a atividade microbiana do solo, assim como a eficiência da biorremediação por meio de bioensaio e cromatografia líquida de alta eficiência. A inoculação de solo com o consórcio bacteriano selecionado contribuiu para a promoção do crescimento das espécies Canavalia ensiformis e Helianthus annuus, bem como proporcionou aumento da biomassa e atividade microbiana de solos contaminados com o sulfentrazone. Canavalia ensiformis na presença de consórcio bacteriano foi capaz de estimular maior atividade da microbiota associada e sustentar maior biomassa microbiana. Contudo, esta apresentou menor eficiência na redução dos resíduos de sulfentrazone no solo. O monocultivo de Helianthus annuus e o cultivo misto reduziram em 64 e 43% o tempo de meia-vida do sulfentrazone comparado ao solo cultivado com Canavalia ensiformis sem e com inoculação, respectivamente. O cultivo misto de Canavalia ensiformis e Helianthus annuus e o monocultivo de Helianthus annuus, independente da inoculação do solo com consórcio bacteriano, são as técnicas mais eficientes de biorremediação do sulfentrazone no solo. Os isolados obtidos são capazes de promover o crescimento das espécies fitorremediadoras Canavalia ensiformis e Helianthus annuus e apresentam potencial de uso em programas de biorremediação do sulfentrazone. A fitorremediação associada à bioaumentação é técnica promissora para descontaminação de solos com o sulfentrazone. |