Estudo dos efeitos do déficit hídrico na produção da laranjeira no norte do Estado de São Paulo
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Agrometeorologia; Climatologia; Micrometeorologia Doutorado em Meteorologia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1491 |
Resumo: | O Estado de São Paulo destaca-se no cenário citrícola mundial, respondendo por 80,50% do total produzido, com média de 25 t ha-1 ano-1 (IBGE, 2007). A floração é estimulada por baixas temperaturas e estresse hídrico que alteram o balanço hormonal da planta, tendo este último componente maior significância. Para monitoramento desse estresse, recomenda-se acompanhar o potencial de água na folha. Após o florescimento, as quedas são comuns, chegando a 98% do total de flores formadas, culminando num último surto de queda de frutos conhecido como June Drop , após o que a produção final está praticamente garantida. Observa- se, com isso, que a interação entre o ambiente-água-planta é importante para a condução da cultura. Dessa forma, buscou- se definir, pela análise do potencial de água na folha, como indicador do nível de estresse hídrico, a melhor época de quebra de estresse e a lâmina de irrigação mais adequada para a produção de frutos, em quantidade e qualidade. Para melhor entendimento dessa dinâmica, uma primeira experimentação foi realizada na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (EECB/COOPERCITRUS), de 05/2006 a 09/2007, com laranjeira Pera sobre Cleópatra irrigada por microaspersão. Os tratamentos foram definidos segundo o potencial hídrico foliar (antemanhã): T1: -1,0; T2: -1,5; T3: -2,0; T4: -2,5; e T5: -3,0 MPa, com delineamento inteiramente casualizado com seis repetições desencontradas. Submeteram-se os resultados à análise de variância, comparando os valores médios pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade e a regressões múltiplas, considerando a significância dos parâmetros da equação a 30% de probabilidade. Os dados meteorológicos diários foram obtidos in loco e utilizados pelo software IRRIPLUS® para a realização do balanço hídrico. Avaliaram-se as características vegetativas, reprodutivas e de qualidade de fruto. Foram observadas diferenças estatísticas na queda total de flores, com os maiores valores nos tratamentos mais estressados. Não foram observadas diferenças estatísticas na maioria das características de qualidade de fruto e produção total, e o modelo de regressão múltipla que mais representou as interações entre os tratamentos foi o quadrático. Numa segunda experimentação foram realizadas simulações visando comparar metodologias para estimar a evapotranspiração de referência, parâmetro fundamental para a definição do consumo de água pelas culturas para as principais regiões produtoras de citros do Estado de São Paulo. Compararam-se as estimativas de ETo, em base diária, pelos métodos propostos por Hargreaves e Samani (1985) e Blaney- Criddle FAO diante do padrão Penman-Monteith FAO. Na análise deles foram utilizados os parâmetros da equação de regressão, coeficiente de determinação (r²) e de correlação (r), estimativa do erro-padrão (EEP), estimativa ajustada (SEEa); índice de concordância (d); e índice de confiança (c). Observaram-se tendência à superestimativa dos valores de ETo por Hargreaves-Samani (1985) e subestimativa pelo de Blaney-Criddle FAO. Hargreaves-Samani (1985) mostrou maior amplitude em relação a Penman-Monteith FAO nos meses mais quentes e chuvosos do ano, para cima e Blaney- Criddle FAO para baixo. Nos meses mais frios, a amplitude diminui significativamente entre os três métodos estudados. Conclui-se que, nessas regiões, o método de Hargreaves- Samani (1985) é uma boa opção na estimativa da ETo e, por consequência, no cálculo das necessidades hídricas dos citros. De posse dessas conclusões, realizou-se um trabalho de sensibilidade do método de Hargreaves-Samani (1985), verificando o comportamento dele em relação a variações ( erros ) nas temperaturas máxima e mínima, utilizada na equação. Provocaram-se variações da ordem de 5% nas temperaturas, em diversos cenários, analisando os dados estimados, mensalmente, e dividindo-os nos meses mais frios e mais quentes do ano. Conclui-se que Hargreaves-Samani (1985) superestimou em 12,5% os valores de ETo em comparação com Penman-Monteith FAO 56, em todos os cenários avaliados. Variações de 5% nas temperaturas máximas e mínimas não inferem em erros grosseiros nas estimativas de ETo por Hargreaves-Samani (1985), e o acréscimo de 5% na temperatura máxima gera maiores discrepâncias nas estimativas diante do padrão. |