Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Wagner Henriques de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8961
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Resumo: |
A indústria de sucos de frutas naturais prontos para beber vive em um dilema mercadológico, porque é, simultaneamente, integrante da cadeia alimentar e posiciona-se no mercado de bebidas leves, ou não-alcoólicas, que é amplamente dominado pelos refrigerantes gaseificados, tradicionalmente consumidos por pessoas de todas as classes sociais. No Brasil, a inserção dos sucos de frutas naturais prontos para beber, em volume considerável, é recente e se deve em grande parte à abertura da economia, que propiciou um avanço tecnológico no processo de produção e, principalmente, de embalagem. Por ser altamente dependente da fruticultura, uma vez que sua matéria-prima é a fruta in natura, defronta-se também com problemas de suprimento, que tem sido irregular e oneroso, dependendo, em alguns casos, de produtos importados. As características estruturais desse segmento de negócio fazem com que seus custos sejam elevados e, conseqüentemente, seu preço final de venda seja relativamente superior ao dos refrigerantes gaseificados, reduzindo, assim, sua capacidade de competitividade, de forma que possa produzir mais e promover economia de escala em seus custos. Essa situação ainda inibe a comunicação com seu público- alvo, mediante a propaganda, que, num primeiro momento, elevaria ainda mais seus custos operacionais. O objetivo deste estudo foi identificar o perfil do consumidor de sucos de frutas naturais prontos para beber, analisando seu comportamento quanto às suas preferências e estudando a sensibilidade da demanda em função dos preços e da renda dos consumidores. Para isso, foi feita uma pesquisa de mercado. Para estudar o comportamento dos consumidores a referência teórica foi a Teoria do Consumidor. A região pesquisada foi a cidade de Belo Horizonte, no segundo semestre de 2001. A estatística aplicada à distribuição de freqüência da amostra foi o teste Qui-Quadrado. Os pesquisados foram classificados de acordo com as classes sociais, obedecendo aos critérios utilizados em pesquisas de mercado pela Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME). Os resultados permitiram concluir que os preços finais de venda dos sucos de frutas naturais são estruturalmente superiores aos preços finais dos refrigerantes gaseificados. Assim, por essa via, o poder de competição da indústria de sucos naturais é baixo. No entanto, deve-se buscar maior eficiência produtiva e comercial, com interferência mais direta na cadeia de suprimentos, o que permitiria maior produtividade, com conseqüente redução dos custos operacionais. A propaganda não é usada como estímulo ao consumo de sucos, ao contrário do que os fabricantes de refrigerantes fazem. Entretanto, os efeitos da externalidade de difusão positiva contribuem para a crescente demanda por sucos de frutas naturais. Dessa forma, a indústria de sucos de frutas naturais deveria se posicionar no mercado de forma a criar seu próprio nicho, buscando manter preços mais acessíveis para poder atrair os consumidores das classes sociais menos favorecidas, principalmente as classes B e C. O estudo revelou, também, que o potencial de crescimento do mercado consumidor de sucos de frutas naturais é muito grande e, por isso, vem atraindo investidores. |