A força pública na transformação da paisagem de Belo Horizonte: influências do policiamento da cidade na Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lourenzato, Augusto Cezar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27962
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar a influência da Força Pública na transformação da paisagem de Belo Horizonte, através do policiamento, durante a Primeira República (1889- 1930). Esse período é marcado por grandes transformações, no mundo, no Brasil e, especificamente, no estado de Minas Gerais. O processo de mudança da capital mineira da cidade de Ouro Preto para Belo Horizonte, inicialmente denominada Cidade de Minas, provocou uma série de alterações na paisagem do antigo arraial do Curral d’El Rei, que passaria a sediar a administração estadual. O projeto do engenheiro Aarão Reis, para a nova capital, representava os interesses da elite mineira, que defendia a implementação dos ideais de modernidade que se desenvolviam no mundo ocidental e tinham como origem as concepções iluministas do século XVIII. Esse projeto refletiu todo o racionalismo e tecnicismo de reformas urbanistas que o precederam, como a de George-Eugène Hausmann, em Paris, que priorizou o fluxo de pessoas e mercadorias. Entendendo que a produção da paisagem urbana de Belo Horizonte não se limitou ao período de sua construção, esse trabalho investigou a ação da Força Pública de Minas Gerais na repressão de indivíduos considerados indesejáveis e que eram incompatíveis com o projeto modernista da época. Para tanto, esse estudo apoiou-se no conceito do geógrafo Denis Cosgrove, para quem a paisagem seria uma representação cultural e se manifestaria numa relação de dominância entre as culturas. Dessa forma, essa pesquisa focou nas atividades da Guarda Civil de Belo Horizonte, representadas pelas prisões correcionais. Visando contribuir com a história das polícias no Brasil, processou-se também um apanhado sobre a formação da Força Pública e, dentro dela, dos papéis da Guarda Civil e do Chefe de Polícia. Palavras-chave: Polícia. Belo Horizonte. Primeira República. Paisagem. Modernidade.