Referências de nutrientes em solos e em espécies vegetais nativas de campos rupestres
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32414 |
Resumo: | Campos Rupestres (CRs) são ecossistemas que ocorrem sobre afloramentos rochosos ferruginosos e quartzíticos. São ecossistemas que recobrem aproximadamente 1 % do território brasileiro, principalmente concentrado nos estados de Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul. Os CRs são ecossistemas marcados pelo elevado grau de endemismo, notadamente florístico. Apresentarem solos rasos, com baixos teores de nutrientes, presença de metais pesados em teores elevados, alta intensidade solar, déficit hídrico, baixa produção de biomassa dentre outras características. No Quadrilátero Ferrífero, os CRs recobrem importante reserva de minério de ferro de importância econômica mundial e, por esta razão, são ecossistemas imediatamente ameaçados pela expansão da atividade minerária, contudo, um dos menos estudados do estado de Minas Gerais. Os objetivos deste trabalho foram contribuir com o conhecimento dos solos e da flora de campos rupestres por meio do estabelecimento de valores de referências para nutrientes em solos e em espécies vegetais de campos rupestres em diferentes litologias. Foram selecionadas duas áreas de campos rupestres em diferentes litologias: campo rupestre em afloramento ferruginoso (CRF) e campo rupestre em afloramento quartzítico (CRQ). Em cada ambiente, foram amostrados seis indivíduos de dez espécies, sendo cinco espécies amostradas apenas no CRF, cinco espécies amostradas apenas no CRQ e cinco espécies amostradas nos dois ambientes. Para cada indivíduo amostrado, foi coletada uma amostra de solo, na projeção da copa da planta, até a profundidade de 5 cm. As plantas amostradas foram separadas em folhas, galhos, raízes ou parte aérea e raízes, em função das suas características morfológicas. Em seguida, as amostras de plantas foram lavadas, secas, processadas e submetidas a digestão nitro-perclórica. As amostras de solo foram secas ao ar, passadas em malha de 2 mm e submetidas a extração de nutrientes com solução de água régia. Nos extratos das amostras de planta e solo foram dosados os teores de P, S, K, Ca, Mg, B, Fe, Zn, Mn, Cu e B por espectrometria de emissão óptica em plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). As médias para os teores de nutrientes nas folhas, nos galhos, na parte aérea e nas raízes das plantas e no solo foram comparados por meio do teste de Scott-Knott (P < 0,05); ainda, os dados foram submetidos a análise de componentes principais e de agrupamento (cluster). Os resultados mostraram diferenças significativas entre os teores dos nutrientes analisados no solo do CRF e no solo do CRQ. O solo do campo rupestre ferruginoso apresentou teores mais elevados para todos os nutrientes analisados, exceto para S. Semelhantemente, diferenças significativas foram observadas para os teores de nutrientes entre o grupo de espécies amostradas no CRF e no CRQ, e mesmo entre as espécies amostradas na mesma área. As dissimilaridades para os teores de nutrientes entre as plantas amostradas nos diferentes ambientes e entre as diferentes espécies amostradas no mesmo ambiente refletem, respectivamente, as diferenças entre as composições e natureza do material de origem dos campos rupestres de diferentes litologias e a variabilidade observadas para uma mesma área de campo rupestre. Os resultados indicam ainda a necessidade de estudos mais aprofundados a respeitos das semelhanças e dessemelhanças entre campos rupestres em diferentes litologias, que fundamentem estratégias de preservação conciliem as demandas minerárias com a necessidade de contemplar as variabilidades características dos campos rupestres. Palavras-chave: Relação solo-planta. Vegetação campestre. Nutrição de plantas nativas. Ecologia vegetal |