Treinamento de força e seus efeitos sobre as manifestações de força, os indicadores antropométricos e a qualidade de vida de indivíduos com lesão medular espinhal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Lucas Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29802
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.246
Resumo: A Lesão Medular Espinhal (LME) é uma condição incapacitante com consequências fisiológicas, emocionais e econômicas para a vida dos indivíduos acometidos por essa lesão. A LME impõe complicações sensoriais e motoras, sexuais e digestivas, atrofia muscular e o aparecimento de reflexos não fisiológicos. Também provoca desordens psicológicas e impactos negativos na Qualidade de Vida (QV). O exercício físico potencializa a autonomia nas atividades da vida diária de pessoas com LME, prevenindo complicações secundárias e proporcionando um estilo de vida ativo. Entre os tipos de exercício, o Treinamento de Força (TF) mostra-se eficiente no aumento da força muscular e melhora os parâmetros antropométricos, os níveis de funcionalidade e a QV de idosos, adultos saudáveis e pessoas com outras desordens neurológicas. Contudo, o TF quando aplicado em indivíduos com LME geralmente é associado a técnicas complementares, como a eletroestimulação, e isso prejudica o melhor entendimento dos efeitos desse treinamento nessa população. Assim, nesta Dissertação o objetivo foi elucidar os efeitos do TF realizado exclusivamente – sem associação com outras técnicas – sobre as manifestações da força muscular, os indicadores antropométricos, os sintomas de ansiedade, a depressão e a QV de pessoas com LME. Foram executadas duas revisões sistemáticas, uma delas com meta-análise, visando aos seguintes objetivos: (1) Elucidar os efeitos do TF realizado exclusivamente (considerando cada manifestação da força muscular) em indivíduos com LME; e (2) Analisar os efeitos do TF, sem a associação com outras técnicas, sobre os aspectos relacionados a indicadores antropométricos, dor, estresse, depressão, funcionalidade e QV de pessoas com LME. Esses dois estudos foram realizados seguindo as diretrizes dos Itens de Relatório Preferidos para Revisão Sistemática e Meta-Análises (PRISMA), com o uso das frases (("Spinal Cord Injury") AND ("Resistance Training") OR ("Strength Training")) no título e no resumo. Não foi estabelecida uma data de corte para a inclusão dos artigos. Esses estudos deveriam ser publicados em inglês e os participantes ter idade superior a 18 anos e realizar os exercícios de forma autônoma, assim como os protocolos de treinamento deveriam durar, no mínimo, seis semanas. No Capítulo 1, investigaram-se o TF e seus efeitos sobre as manifestações de força de pessoas com LME, em que foi encontrado um efeito geral de Z = 4,79 (p < 0,00001), evidenciando-se a eficiência do TF em aumentar a força muscular de pessoas com LME. No Capítulo 2, analisou-se o objeto de estudo sobre os efeitos do TF nos aspectos relacionados a indicadores antropométricos, dor, estresse, depressão, funcionalidade e QV de pessoas com LME. Os resultados apontaram incrementos na massa livre de gordura e índice de massa corporal, redução da gordura corporal, dor, sintomas de depressão, estresse e aumento da funcionalidade, autopercepção e QV. Conclui-se que o TF é uma modalidade eficiente para o incremento das manifestações da força muscular em pessoas com LME e, além disso, constitui importante alternativa para a melhoria dos indicadores antropométricos, de sintomas de ansiedade, depressão e QV dessa população. Palavras-chave: Treinamento de Força. Lesão Medular. Qualidade de Vida. Ansiedade. Depressão. Composição Corporal.