Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Batista, Andrezza Luiza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27510
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Resumo: |
A elevação do número de domicílios chefiados por mulheres é marcada pela maior emancipação feminina, advinda, principalmente, da maior presença das mulheres no mercado de trabalho, da redução do número de casamentos e da baixa fertilidade. Entretanto, elas ainda se encontram em desvantagens ao se tratar de rendimentos, apoio como chefes de domicílio e exposição a choques. Fatos que, somados à situação econômica desfavorável atual do país, levanta questões acerca da resposta dos domicílios chefiados por mulheres frente a choques macroeconômicos. Diante disso, o presente trabalho buscou responder às seguintes perguntas: Choques de renda, negativos e positivos, afetam a estrutura domiciliar, alterando as probabilidades das mulheres se tornarem chefes de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras? E, domicílios chefiados por mulheres que sofreram choques de renda (positivos e negativos), possuem chances diferentes de estarem mais vulneráveis à pobreza do que os domicílios chefiados por homens? Para tal, foram utilizados dados empilhados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2011 a 2015. A estratégia de identificação baseou-se na utilização da taxa de desemprego das regiões metropolitanas como choque de renda. Assim, considerou-se como choque positivo de renda a situação em que a taxa de desemprego de uma região se encontrasse um desvio padrão abaixo de sua média histórica e choque negativo de renda se ela estivesse um desvio acima de sua média histórica. Para avaliar alterações na renda que afetariam majoritariamente os homens e as mulheres, respectivamente, foram utilizados também choques na indústria e no setor de serviços. Com isso, duas equações foram estimadas através dos mínimos quadrados ordinários, a primeira buscou avaliar o efeito dos choques de renda sobre as chances das mulheres se tornarem chefes de domicílios e a segunda buscou avaliar o efeito da interação entre choques de renda e domicílios chefiados por mulheres sobre sua probabilidade de pobreza. Os resultados apontam que choques de renda negativos, geral e setoriais, assim como um choque positivo no setor de serviços, reduzem o poder de barganha feminino dentro do domicílio, diminuindo as chances da mulher se tornar chefe de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras e que os choques positivos geral e na indústria aumentam tal probabilidade. Além disso, os choques de renda ocorridos há três anos não são significativos para explicar as chances de pobreza dos domicílios chefiados por mulheres no Brasil metropolitano, com exceção para os domicílios chefiados por mulheres que sofreram choque negativo de renda no setor de serviços há três anos. Nesse caso, eles possuem menores chances de se encontrarem em condição de pobreza. Além do mais, domicílios chefiados por mulheres, por si só, sem considerar a ocorrência de choques, são significativamente mais prováveis de serem pobres do que domicílios chefiados por homens. |