“Sentido!”: processos de subjetivação em um ambiente escolar de cunho militar
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29788 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.262 |
Resumo: | No presente trabalho nos propomos a acompanhar os processos de subjetivação em um ambiente marcado por códigos de autoridade e disciplina, como em um ambiente escolar de cunho militar. Os códigos disciplinares do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB), e especificamente as reminiscências cotidianas de um grupo de ex-alunos do Colégio Militar de Juiz de Fora, compuseram as tramas tecidas nessa narrativa. Nessa composição, trouxemos como principais referências os trabalhos de Michel Foucault, em especial através dos seus estudos sobre Disciplina, Poder e Resistências ao Poder, além dos estudos sobre a produção de subjetividade desenvolvidos nas obras de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Desenvolvida a partir da metodologia qualitativa, fazendo uso de narrativas, nesta pesquisa pudemos concluir que os modos de subjetivação militar na escola tendem a acionar modos ser e viver marcados por uma necessidade de segurança externa que dita o sentido a ser trilhado, ampliando um sentimento de pertencimento e de grupo tão coeso que o indivíduo, ao se ver fora deste “corpo”, sente-se enfraquecido, deslocado ou até mesmo só. Compreendemos também que a necessidade de ordem proposta pelos Colégios Militares, se por um lado promove uma coesão grupal e um sentimento de estabilidade, também pode ser indicativa da dificuldade da vivência com a diversidade e as diferenças. Nesse sentido, nesta dissertação é problematizada a diferença existente entre as escolas públicas e os Colégios Militares, em que se considera que as primeiras têm que lidar com problemas sociais mais complexos do que aqueles que chegam aos Colégios Militares. Concluímos que a tensão que se estabelece entre o ensino militar e o ensino público atualmente passa pela pretensão de se acreditar que escolas militares têm condições de enquadrar a diversidade da população dentro de um modelo, de um padrão de conduta, no fomento de um controle dos corpos que, supostamente, favorecerá a melhora da aprendizagem. Acreditamos, contudo, que essa é uma visão limitante, que desconsidera que a melhora do processo de aprendizagem nas escolas não se restringe ao incremento de ferramentas disciplinares de controle dos corpos dos alunos, mas à melhora das condições de vida, das condições sociais e econômicas de toda a população. Palavras-chave: Educação Militar. Processo de Subjetivação. Disciplina. |