Morfogênese e características estruturais dos capins Andropógon e Xaraés submetidos a três alturas de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sousa, Braulio Maia de Lana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5598
Resumo: O experimento foi realizado com o objetivo de avaliar as características morfogênicas e estruturais em Andropogon gayanus cv. Planaltina e Brachiaria brizantha cv. Xaraés submetidos a três alturas de corte quando o dossel atingia 95% de interceptação da luz incidente durante a rebrotação. O trabalho foi conduzido em área do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais, em um delineamento em blocos completos casualizados com três repetições, totalizando nove unidades experimentais. Para o capim-andropógon, as avaliações iniciaram-se em novembro de 2007 e findaram-se em novembro de 2008, sendo que os tratamentos corresponderam a três alturas de corte de 20, 27 e 34 cm. Já para o capim-xaraés, o período experimental foi de janeiro a novembro de 2008 e as alturas de corte utilizadas foram 15, 20 e 25 cm. A altura do pasto em pré-corte apresentou-se estável, com valores próximos a 50 e 30 cm, para os capins Andropógon e Xaraés, respectivamente, mostrando ser um bom parâmetro, prático e eficiente, para nortear o manejo da desfolhação dessas plantas forrageiras, uma vez que a altura se encontra fortemente relacionada com a interceptação de 95% da luz incidente. Cortes mais altos resultaram em menor ângulo e maior área da folhagem, assim, as plantas interceptaram mais luz logo após a desfolhação, o que possibilitou rebrotações mais rápidas e intervalos entre cortes mais curtos. Todavia, independentemente da espécie forrageira avaliada, não houve diferença no índice de área da folhagem pré-corte entre os tratamentos ou épocas de avaliação, o que foi reflexo de respostas plásticas rápidas envolvendo ajustes nas características morfogênicas e estruturais das plantas. O capim-andropógon reduziu o comprimento final da lâmina foliar (CFLF), a taxa de aparecimento de folhas (TApF), o número de folhas vivas (NFV), a duração de vida da folha (DVF), a taxa de alongamento de colmo (TAlC) e a densidade populacional de perfilhos (DPP) e elevou o filocrono e a taxa de senescência de folhas (TSeF), quando submetido a cortes mais baixos. Devido ao florescimento típico do capim-andropógon no outono, observou-se elevação na TAlC e TApF nesse período. Adicionalmente, foram registrados maiores valores de NFV e menores de CFLF e DVF. Já o capim-xaraés demonstrou uma elevação na taxa de alongamento de folhas (TAlF) e NFV e uma redução na TAlC e DPP, quando submetido a cortes mais baixos. Entre as épocas avaliadas, o outono revelou menores TAlF e CFLF e maiores NFV, DVF, TSeF e DPP. O manejo adequado da desfolhação dos capins Andropógon e Xaraés seria corte aos 50 e 30 cm de altura do dossel durante a rebrotação a uma altura de 27 a 34 cm e 15 a 20 cm, respectivamente.