A atuação do poder público muriaeense na educação de 1871 a 1930

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bagli, Leidyleni Nolasco Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24425
Resumo: Este trabalho teve por objetivo analisar a História da Educação no município de Muriaé de 1871 a 1930. Para tanto, buscamos investigar as principais mudanças políticas-ideológicas- educacionais no período de transição do Brasil Império para o Brasil República em Minas Gerais; sintetizar o processo histórico de fundação e consolidação de Muriaé; e analisar como o poder municipal atuou nesse período, para promover a educação em seu território. Para efeito de coleta de dados tomamos por fontes as Atas da Câmara Municipal Muriaeense e os periódicos circulantes na região nos anos finais do Império e nos primeiros decênios da República. Trata-se de um trabalho historiográfico e para análise dos dados optamos pela análise documental em seu processo investigativo. A classificação do recorte que define este estudo é a autonomia local, que busca a constituição de sua identidade, também através da educação. O local aqui demarcado se refere a uma esfera geográfica, social e política, que se ergue mediante a um contexto pedagógico, isto é, de promoção da instrução. A partir da proclamação da República, os municípios passaram a ser os responsáveis pela educação em seus domínios, o que também ocorre com o município de Muriaé. Portanto, o nosso empreendimento buscou responder a seguinte questão: de que forma a atuação do Poder Público Municipal da Muriaé de 1871 a 1930 administrou e organizou a educação local? A Muriaé de 1871 a 1930 era um território vasto, majoritariamente rural e analfabeto, liderado por uma elite cafeicultora, que buscava a crescente transformação do espaço público municipal nos anseios pela modernidade e pela constituição de sua identidade. Este estudo, portanto, é fruto, do reconhecimento do município como lócus de uma história a ser construída, como agente produtor de documentações que podem nos desvelar um passado ainda vívido que certamente influencia o presente. Assim sendo, identificou-se o desenvolvimento do aparelho burocrático municipal conforme se avançam os anos da era republicana, com o progressivo investimento na modernização do espaço urbano e na educação. Ao longo dos anos criaram-se cada vez mais escolas e grupos escolares, contudo o índice de analfabetismo era significativo até meados da década de 1920. O que se notou foi o empreendimento municipal na área da instrução, mas, em contrapartida, observaram-se as limitações financeiras e estruturais do município, tendo o Estado como financiador dos projetos de melhorias locais.