Construção de corpos: análise de capas das revistas dirigidas aos homoeróticos masculinos
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Estudos Linguisticos e Estudos Literários Mestrado em Letras UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4840 |
Resumo: | A imagem tem se tornado um dos principais elementos persuasivos. Kress (1997) argumenta que a sociedade assiste a uma mudança significativa da relativa valoração dos modos semióticos, principalmente, uma mudança da forma verbal para a visual de representação e comunicação. Nesse sentido, estudar imagens faz-se necessário, pois está relacionada não só à veiculação de valores, mas também à constituição de identidades sociais. Relegada a importância das imagens no mundo pósmoderno, discutiremos neste trabalho a relação entre imagem-gênero social-corpo, à luz dos estudos que tratam da Semiótica Visual e das pesquisas em Multimodalidade, uma vez que procuramos analisar a construção do Corpo, através das imagens das Capas das Revistas: G Magazine, Junior, Dom e Aimé dirigidas a um público particular: os homoeróticos masculinos. Para tanto, utilizaremos como aporte teórico a Gramática do Design Visual cunhada por Kress e van Leeuwen (1996) que tem por premissa básica a Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1994). Utilizaremos também estudos acerca do gênero social como categoria de analítica (FOUCAULT, 1985; SCOTT, 1990; LOURO, 1997, 2005, 2007; LAQUEUR, 2001; WEEKS, 2007; BUTLER, 2008, dentre outros). Na perspectiva pós-estruturalista, as identidades e as diferenças se definem a partir da cultura e da história, são criações sociais e culturais, portanto, não são inatas aos seres humanos, mas são ativamente produzidas e construídas através das relações de poder e através da/na linguagem. Nessa vertente, a categoria corpo também é entendida e assumida como uma realidade histórica, sendo assim, o corpo torna-se um espaço de debates e reflexões a respeito da sua construção em relação ao gênero e sexo. A análise aponta para uma promoção/fortalecimento de um corpo viril que, consequentemente, refuta uma imagem afeminada facilitando, portanto, a aceitação social dos homoeróticos, já que sua aparência exterior está dentro dos padrões tidos como modelos de masculinidade. Sendo assim, podemos postular que estes corpos são submetidos constantemente a regimes de verdade normalizadores regulados a partir de uma representação hegemônica, com corpos malhados, jovem, branco, sem pelos e sem barba, que, invariavelmente, supervalorizam a masculinidade, dissipando o discurso da heteronormatividade como norma e referência de comportamento. |