Impactos da qualidade do ambiente no desenvolvimento de asas e no dimorfismo sexual de Epicharis (Anepicharis) dejeanii Lepeletier (Hymenoptera, Apidae, Epicharitini)
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32782 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.438 |
Resumo: | Epicharis (Anepicharis) dejeanii é uma abelha solitária que nidifica no solo e constrói seus ninhos em agregados. Até então, agregados da espécie foram encontrados em ambientes de Mata Atlântica e na transição deste bioma com o Cerrado. Assim como outras abelhas, apresenta dimorfismo sexual de comportamento, com fêmeas que, além de se reproduzirem, constroem, reparam e provêm as células de cria e machos que limitam o comportamento à própria alimentação e à cópula. Neste trabalho, estudamos dois agregados da espécie encontrados em duas áreas urbanas que diferem na disponibilidade de recursos para estas abelhas. Utilizando ferramentas de morfometria geométrica, comparamos parâmetros como assimetria, alometria, forma e tamanho das asas anterior e posterior de fêmeas e machos nas duas áreas para testar a hipótese de que o desenvolvimento embrionário, com foco no desenvolvimento das asas, é mais impactado em áreas com menor disponibilidade de recursos. Nossos resultados revelaram mais assimetria flutuante de tamanho nas asas posteriores, sugerindo que este par de asas é um marcador mais eficiente de diferenças ambientais, muito provavelmente por exercer papel coadjuvante no voo. Condizentemente com este resultado, encontramos claro dimorfismo sexual de forma e tamanho nas asas anteriores, sem diferenças entre as áreas, e dimorfismo sexual de tamanho das asas posteriores apenas na Área 1, que apresenta maior disponibilidade de recursos que a Área 2. Nossos resultados mostraram também que os machos apresentaram mais variância, tanto de forma quanto de tamanho que as fêmeas, resultado que dialoga com o fato de que não têm um conjunto homogêneo e estereotipado de comportamentos fundamentais para a sobrevivência da prole. Por outro lado, as diferenças entre as áreas foram detectadas na forma das asas anteriores (segundo componente principal) e posteriores (primeiro componente principal) das fêmeas, e não dos machos, revelando que este é o sexo que apresenta mais plasticidade diante de diferenças ambientais. Palavras chaves: Morfometria geométrica; Assimetria flutuante; Asas posteriores; Abelhas solitárias. |