Acúmulo e toxidez de manganês em macrófitas aquáticas flutuantes livres
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática Mestrado em Botânica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2513 |
Resumo: | A contaminação dos ecossistemas aquáticos pelo manganês (Mn) está associada, em grande escala, as ações antrópicas como, processos de manufatura de papel, resíduos de mineração e resíduos de esgoto domésticos. A fitorremediação consiste na utilização de plantas, dentre as quais as macrófitas aquáticas, com potencial para remover, degradar ou inativar contaminantes orgânicos e inorgânicos do meio, minimizando seus efeitos sobre os organismos vivos e o ambiente. O presente estudo avaliou o potencial fitorremediador de três espécies de macrófitas aquáticas: Azolla caroliniana, Salvinia minima e Spirodela polyrhiza para acumular Mn em solução. O acúmulo de Mn, o crescimento, o conteúdo de clorofila total e carotenóides foram avaliados nas três espécies submetidas a concentrações crescentes (0,05; 0,1; 0,2; 03; 0,4 mM) de Mn. As três espécies de macrófitas acumularam Mn em seus tecidos e a absorção foi dependente da concentração do metal em solução. As espécies se diferenciam quanto ao potencial para acumular Mn. Spirodela polyrhiza apresentou maiores concentrações de Mn acumulado (17,062 mg g-1 MS), seguida por S. minima (4,283 mg g-1 MS) e A. caroliniana (1,341 mg g-1 MS). O excesso de Mn causou a redução do conteúdo de clorofila total nas três espécies. O conteúdo de carotenóides diminui nas plantas de A. caroliniana e S. polyrhiza. Entretanto, apenas em S. polyrhiza o crescimento foi afetado significativamente. A partir destes resultados, a pesquisa buscou avaliar o efeito tóxico do Mn em S. polyrhiza, separadamente. O crescimento relativo, o conteúdo de pigmentos clorofila total, carotenóides e antocianinas, a atividade enzimática da catalase (CAT) e das peroxidases (POX) e alterações anatômicas foram avaliadas em plantas de S. polyrhiza expostas a concentração 0,4 mM de Mn. O excesso de Mn em solução reduziu o crescimento das plantas, assim como decresceu significativamente os conteúdos de clorofila total, carotenóides e antocianinas. A atividade da CAT também foi reduzida e a atividade da POX não apresentou diferença entre os tratamentos. A microscopia óptica mostrou um desarranjo nas lacunas do aerênquima em plantas expostas ao Mn. O conteúdo de Mn aumentou significativamente em plantas expostas ao metal (0,157 - 15,830 mg g-1MS). Os resultados mostraram que o excesso de Mn em solução acarretou efeitos tóxicos em plantas de S. polyrhiza. A alta concentração de Mn acumulada foi a causa dos efeitos tóxicos observados. |