A indústria de construção brasileira sob a ótica da demanda efetiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Teixeira, Luciene Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Doutorado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/126
Resumo: O escopo deste estudo é analisar o setor da construção brasileira, identificando o impacto das variáveis econômicas e estruturais consideradas sustentáculos do produto setorial nas economias estaduais, no período 1990 a 2006. Busca-se caracterizar sua estrutura produtiva, analisar a trajetória do produto setorial no contexto da política macroeconômica do período e identificar a importância dos gastos do Estado na estabilidade do produto setorial, avaliando os reflexos das políticas governamentais de incentivo ao setor no crescimento das economias estaduais. A indústria de construção é um setor-chave na estrutura da economia brasileira, com fortes efeitos de encadeamento produtivo e importantes multiplicadores que são estabilizadores de renda e emprego. Tais encadeamentos intersetoriais indicam que a construção fornece significativo estímulo ao crescimento do produto nacional. Além disto, seus produtos finais aumentam a infraestrutura econômica, promovendo benefícios permanentes sobre a produtividade sistêmica e o padrão de bem-estar social. Portanto, é um setor que se qualifica como poderoso instrumento de políticas governamentais e que deveria ser considerado prioritariamente nas decisões públicas e nos programas de desenvolvimento sustentado e dinâmico. O sistema teórico proposto por Keynes é capaz de explicar as flutuações no produto da construção brasileira nas duas últimas décadas, apontando as políticas macroeconômicas neoliberais adotadas no Brasil como responsáveis pelo baixo desempenho setorial. No caso das economias estaduais, as oscilações no produto da construção refletem as estratégias fiscais restritivas e o volume e condições de crédito inadequados aos investimentos de longo prazo, resultantes do crescimento econômico instável e da crise fiscal e financeira dos governos. O enfraquecimento do papel do Estado como promotor do desenvolvimento econômico pôs em xeque o desempenho da construção nacional no período considerado.