Compostos orgânicos de diferentes graus de hidrofobicidade na formação e estabilidade de agregados do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Bastos, Renato Saldanha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10830
Resumo: O presente trabalho objetivou mostrar como compostos orgânicos com diferentes graus de hidrofobicidade podem fornecer um aumento da estabilidade dos agregados do solo, e como os ciclos de umedecimento e secagem influenciam nesse aumento. Para isto, com amostras de dois horizontes (A e B) de um Latossolo Vermelho Amarelo, foram conduzidos três experimentos: o primeiro, utilizando a matriz Pan-Puebla III modificada variando a dose dos compostos orgânicos adicionados, em um único tempo de incubação; o segundo, um fatorial incompleto 2x3[(4-1)+(4-1)], constituído por: dois horizontes (A e B), três intervalos de tempo (40, 80 e 160 dias), três compostos orgânicos (amido, ácido esteárico e ácido húmico) em combinações amido sem e com ácido húmico (Am e AmAH) e ácido esteárico sem e com ácido húmico (E e EAH) menos a testemunha; e o terceiro, semelhante ao segundo, com a diferença que ao invés de ser incubado, o solo foi exposto a ciclos semanais de umedecimento e secagem (5 semanas e 5 dias, 11 semanas e 3 dias e 22 semanas e 6 dias). Os resultados obtidos indicaram que o composto hidrofílico (amido) apresenta as melhores respostas em doses mais baixas e quando o tempo de incubação é de 160 dias, e que quando se tem uma única dose (9,9 g kg -1 ) o menor tempo de incubação (40 dias) proporciona maior agregação. Para o composto hidrofóbico (ácido esteárico) a melhor dose nos tempos de incubação maiores (160 dias) variou entre 4,8 e 5,1 g kg -1 conforme a variável analisada, sendo que doses maiores que essa dificultam a agregação. Em tempos de incubação de 80 a 160 dias, a dose de 9,9 g kg -1 aumenta a estabilidade de agregados em água. Utilizando um composto com características, tanto hidrofóbica como hidrofílica (ácido húmico), verificou-se resposta sempre positiva na agregação para doses até 9,9 g kg -1 , quando incubados durante 160 dias. Para esse mesmo composto, incrementos significativos na agregação foram observados para todas as variáveis analisadas, seja por via úmida ou via seca. De maneira geral, os ciclos semanais de umedecimento e secagem dificultaram a formação e a estabilização de agregados em ambos os horizontes.