Aplicação do dióxido de cloro no tratamento de água para consumo humano: desinfecção para controle de oocistos de Cryptosporidium sp., formação de subprodutos e manutenção de residuais desinfetantes em sistemas de distribuição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Andrade, Rosane Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Geotecnia; Saneamento ambiental
Mestrado em Engenharia Civil
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3734
Resumo: Esse projeto objetivou avaliar a aplicação do dióxido de cloro no tratamento de água para consumo humano, com ênfase na formação de subprodutos (clorito e clorato), manutenção de residuais desinfetantes em sistemas de distribuição e remoção de oocistos de Cryptosporidium sp. Em ensaios de jarros, a aplicação de dióxido de cloro em amostras de água bruta (simulando pré-oxidação), decantada e filtrada (simulando desinfecção) provocou demanda desse oxidante e formação de clorito e clorato de acordo com as características da água, expressas pela turbidez e cor. Os residuais de dióxido de cloro e as concentrações de clorato mostraram-se associados com as doses de dióxido de cloro aplicadas, mas as de clorito não. O tempo de reação mostrou associação com o residual de dióxido de cloro, mas não com as concentrações resultantes de clorito e clorato. A aplicação de 2,5-6 mg ClO2.L-1 resultou na formação de clorito em concentrações acima do valor máximo permitido pela Portaria 518/2004 (0,2 mg ClO2 -.L-1), mas, por outro lado, poucas vezes em concentrações acima do valor máximo recomendado (0,8 mg.L-1) e raramente acima do valor máximo permitido (1 mg.L-1) pela Environmental Protection Agency dos Estados Unidos. Em experimentos em tranque de contato e rede de distribuição (escala piloto), a aplicação de 3-6 mg ClO2.L-1 em água filtrada (0,2-0,3 uT e 5-10 uC) resultou em demanda de 0,9-1,3 mg ClO2.L-1, promovendo residuais de dióxido de cloro na saída do tanque de 4,7 mg.L-1 (dose de 6 mg.L- 1) e em torno de 2 mg.L-1 (dose de 3 mg.L-1), os quais tenderam a decrescer ao longo da rede de distribuição, mantendo-se, entretanto, em concentrações relativamente estáveis. As concentrações de clorito na saída do tanque de contato variaram entre 0,2 e 0,4 mg.L-1 e também tenderam a crescer na rede de distribuição, mantendo-se sempre abaixo de 0,9 mg.L- 1. As concentrações de clorato na rede variaram entre 0,8 e 2,4 mg.L-1 (1,7 mg.L-1 em média) com aplicação de 6 mgClO2.L-1 e entre 0,7 e 1,4 mg.L-1 (média de 1,1 mg.L-1) com aplicação de 3 mgClO2.L-1. Em ensaio de jarros envolvendo a inoculação de 103 e 104 oocistos de Cryptosporidium por litro, foram testadas várias combinações de concentração residual de dióxido de cloro (C) e tempos de contato (T). Em termos gerais, os resultados confirmam o potencial do uso do dióxido de cloro para o controle de Cryptosporidium, porém se apresentaram em banco de dados com ampla dispersão, não sendo possível ajustar modelos matemáticos de estimativa de eficiência de remoção de oocistos em função de valores de CT. Não obstante, os resultados obtidos encontram-se dentre faixas relatadas na literatura.