Plasticidade anatômica e fisiológica de folhas de Coffea arabica L. em resposta à irradiância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Matos, Fábio Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Controle da maturação e senescência em órgãos perecíveis; Fisiologia molecular de plantas superiores
Mestrado em Fisiologia Vegetal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4294
Resumo: Examinaram-se parâmetros morfológicos, fisiológicos e bioquímicos, em folhas do cafeeiro submetidas a diferentes níveis de irradiância (folhas que interceptaram, em média, ao longo do dia, 30, 75, 300 e 750 µmol fótons m-2 s-1, correspondendo aos tratamentos T1, T2, T3 e T4, respectivamente). Morfologicamente, a área foliar unitária e, particularmente, a área foliar específica (AFE), aumentaram nas folhas mais sombreadas. Sob baixa irradiância, as folhas do cafeeiro exibiram parênquimas paliçádico e lacunoso menos desenvolvidos que nas folhas de sol, e maior abundância de espaços intercelulares, resultando em folhas mais finas e menos densas e, portanto, com maior AFE. A taxa de assimilação líquida decresceu com a redução da disponibilidade de luz, de 7,2 para 2,3 µmol (CO2) m-2 s-1, comparando-se as folhas de T4 e T1. A irradiância de compensação foi, em média, 88% maior em T3 e T4 quando comparadas com as de T1 e T2. A redução da concentração de clorofilas, nas folhas de T4 em relação às folhas de T1, deve ter auxiliado na redução da absortância foliar e, reduzido a quantidade total de energia efetivamente absorvida pelos fotossistemas. As folhas de sol apresentaram maior concentração total de xantofilas (violaxantina + anteraxantina + zeaxantina), bem como maiores valores do estado de desepoxidação das xantofilas, indicando uma maior capacidade de dissipação de energia luminosa nestes tratamentos, em relação às folhas de sombra. As variações na taxa máxima de carboxilação limitada pela rubisco, taxa de carboxilação máxima limitada pelo transporte de elétrons e taxa de assimilação líquida de CO2 sob alta concentração de CO2 foram mínimas, ou mesmo inexistentes, entre as folhas dos tratamentos analisados. Os resultados sugerem que o cafeeiro apresenta algumas características morfofisiológicas com plasticidade fenotípica adequada para lhe permitir ajustar-se à disponibilidade de luz. Todavia, a capacidade de aclimatação à irradiância parece ocorrer às expensas de uma alocação ineficiente de recursos, como o nitrogênio.