Albedo de uma floresta tropical Amazônica: medições de campo, sensoriamento remoto, modelagem, e sua influência no clima regional
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Agrometeorologia; Climatologia; Micrometeorologia Doutorado em Meteorologia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1507 |
Resumo: | O albedo é definido como a razão entre a radiação solar refletida e a radiação solar incidente em uma superfície. É o principal fator que afeta o balanço de radiação terrestre e tem sido freqüentemente considerado em estudos do clima global e regional. A Amazônia é uma das regiões do planeta onde a resposta da circulação atmosférica regional a mudanças do albedo superficial é mais intensa. Estudos de simulação utilizando diversos modelos mostram que a conversão da floresta tropical em pastagem causa uma redução na precipitação local, a qual é principalmente dependente da mudança no albedo da superfície. O presente trabalho tem como objetivos investigar as fontes de variação espacial e temporal do albedo de uma floresta tropical amazônica, usando medições de campo, modelagem e produtos de sensoriamento remoto; e investigar o papel da mudança do albedo da superfície, após o desmatamento Amazônico, no clima regional. Neste trabalho foram utilizados dados de albedo observados em quatro áreas florestais (Reservas Florestais de Caxiuanã, Cuieiras, Ducke e Jaru) e duas pastagens (Dimona e Nossa Senhora Aparecida) pertencentes aos Projetos LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia) e ABRACOS (Estudos de Observação do Clima na Amazônia Anglo-Brasileira). Também foram utilizados seis produtos de sensoriamento remoto: CG99, ERBE, SRB/ISLSCP2, UMD e MODIS céu-claro e MODIS céu-escuro. Para a simulação do albedo em floresta tropical amazônica foi utilizado o modelo IBIS (Integrated Biosphere Simulator) em duas versões: pontual e acoplado ao modelo climático CCM3. Os resultados deste trabalho mostram que: as principais fontes de variação do albedo em escala horária e mensal são a cobertura vegetal e transmissividade atmosférica, e que o molhamento do dossel é uma importante fonte de variação em escala horária e deve ser incluída em modelos; que o albedo simulado mostrou uma forte sensibilidade aos parâmetros do dossel superior de orientação da folha e de refletância no infravermelho e nenhuma sensibilidade aos parâmetros do dossel inferior, consistente com a estrutura do dossel; que a incorporação do molhamento do dossel nos cálculos de transferência radiativa melhora os resultados de simulação em escala horária, diminuindo o albedo durante as horas de precipitação, mas não em escala sazonal, excluindo o molhamento do dossel como uma fonte principal da variabilidade sazonal do albedo em florestas tropicais; que os diferentes produtos de sensoriamento remoto apresentaram uma variação considerável em relação aos albedos observados em campo, incluindo grandes diferenças sazonais; que anomalias de precipitação podem ser explicadas por uma relação linear entre os processos radiativos, onde mudanças no albedo da superfície e na radiação líquida explicam aproximadamente 96% e 99% da variação anual da precipitação e que a substituição da floresta por soja afeta mais o clima regional que a conversão em pastagem, provavelmente devido ao alto valor do albedo das áreas de soja |