Impacto do consórcio milho-braquiária no crescimento, características nutricionais e fisiológicas do milho e na atividade da microbiota do solo
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1217 |
Resumo: | O cultivo consorciado do milho com espécies forrageiras é prática comum por permitir melhor uso da terra e sustentabilidade do sistema agrícola. Porém a competição entre culturas que apresentam similaridades nos processos fotossintéticos, se não controlada adequadamente, pode inviabilizar economicamente este sistema de cultivo. Deste modo, para se obter sucesso no consórcio milho-braquiária é necessário garantir a vantagem competitiva inicial do milho pelos recursos naturais, especialmente a luz. Para isso ocorrer deve-se adequar o espaçamento entre linhas da cultura à densidade de semeadura e a taxa de crescimento inicial da forrageira. Esta pode ser feita com aplicações de subdoses de herbicidas. Nesta pesquisa foram avaliados os efeitos de espaçamentos entre linhas do milho associado a densidades de semeadura da Urochloa brizantha, com e sem aplicação do herbicida para redução da taxa de crescimento da forrageira, sobre o crescimento, características fisiológicas, produtivas, teores de nutrientes nas plantas de milho. Foram ainda avaliados os efeitos desses tratamentos na atividade da microbiota do solo por meio de indicadores microbiológicos, tendo como objetivo comprovar a sustentabilidade desse sistema agrícola. Para isso, foram realizados dois experimentos; um com milho cultivado no espaçamento de 0,50 m e o outro com 1,0 m entre linhas. Os tratamentos casualizados em blocos, com quatro repetições e arranjados da mesma maneira nos dois experimentos, em esquema fatorial 2x4, sendo o primeiro fator a dose aplicada do herbicida nicosulfuron (0 e 8 g ha-1) e como segundo as densidades de semeadura da forrageira (0, 2, 4 e 6 kg de sementes por hectare). Os atributos microbiológicos do solo foram avaliados apenas no experimento com espaçamento de 0,5 m entre linhas do milho. Para as avaliações microbiológicas as amostras de solo de solo rizosférico foram coletadas por ocasião do florescimento do milho visando determinar a taxa respiratória, o carbono associado à biomassa microbiana, o quociente metabólico, a diversidade e número de esporos, a glomalina total e a glomalina facilmente extraível, e também foram coletadas as raízes mais finas do milho para determinação das porcentagens de colonização dessas por hifas. O acúmulo da matéria seca da parte aérea e área foliar do milho foram alteradas negativamente quando o milho foi cultivado no espaçamento de 1,00 m, enquanto que a altura de plantas aumentou. O aumento da densidade de semeadura da braquiária reduziu em até 15% a produtividade do milho. Todavia, esta redução foi três vezes inferior quando foi aplicado o 1/5 da dose recomendada do nicosulfuron (8 g ha-1). Os teores de nitrogênio foliar no milho responderam de forma inversa ao aumento da densidade da forrageira no consórcio. O aumento da densidade da forrageira, no milho cultivado no espaçamento de 1,00 m entre fileiras promoveu a redução linear dos teores de P e K, independente da aplicação do nicosulfuron. Entretanto para o espaçamento de 0,50 m essa redução foi observada apenas na ausência do herbicida. Maiores valores para todas variáveis relacionadas à produção foram verificados com a redução do espaçamento e a aplicação do herbicida. As maiores densidade de semeadura da braquiária e a aplicação do herbicida interferiram nos indicadores microbiológicos do solo. A redução do espaçamento do milho aliada a aplicação da subdose do nicosulfuron, reduziu os efeitos negativos da interferência da U. brizantha sobre a nutrição e produção do milho. Conclui-se que independente do espaçamento entre linhas do milho consorciado com as maiores densidades de forrageira, o nicosulfuron aplicado na dose de 8 g ha-1 mostrou-se eficiente para reduzir a taxa de crescimento da U. brizantha e otimizar o crescimento e desenvolvimento do milho garantindo a sustentabilidade do sistema de cultivo. |