Interações entre acessos de fáfia [Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen] com nematoides (Meloidogyne incognita e M. javanica): aspectos fitoquímicos e estruturais
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática Doutorado em Botânica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/372 |
Resumo: | O gênero Pfaffia, pertencente à família Amaranthaceae, contém ecdisteroides em teores consideráveis. Dentre as espécies, encontra-se Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen, cuja determinação do teor de β-ecdisona (20E), ecdisteroide de interesse, vem sendo realizada principalmente nas raízes. Atualmente, o Brasil é o maior produtor e exportador desta planta, porém existem fatores fitossanitários limitantes que podem prejudicar seu cultivo. Entre as doenças que afetam o sistema radicular, destacam-se as provocadas por nematoides do gênero Meloidogyne, que causam galhas e apodrecimento nas raízes. Entretanto, a presença desses nematoides estimulou o aumento no teor de 20E em diferentes acessos de Pfaffia, o que está correlacionado à possível interação positiva existente entre o desenvolvimento do nematoide e a produção do princípio ativo na planta, pois 20E é análogo aos hormônios envolvidos na ecdise. Dessa forma, foram utilizadas plantas de P. glomerata [acessos 2202-15 (AC 22) e 2209-09 (AC 43)], propagadas in vitro, e com 30 dias de cultivo pós aclimatização. Contudo, para haver ausência de efeitos tóxicos do agente indutor (nematoide) sobre a planta hospedeira (fáfia), adotou-se a técnica de sistema radicular bipartido, onde foi adicionado em um vaso as concentrações de 0, 6.000, 12.000, 18.000, 24.000 e 30.000 ovos de nematoide M. incognita gerando, então, os tratamentos com e sem ovos de nematoide. Verificou-se a comunicação sistêmica entre as raízes, o acúmulo do teor do princípio ativo (20E), além de determinar-se a tolerância de ambos os acessos ao nematoide M. incognita e a atividade das enzimas indicadoras do estado de indução à resistência de plantas. Realizou-se, ainda, a análise de interação dos acessos AC 22 e AC 43 com a infecção por Meloidogyne incognita e por M. javanica, na qual abrangeu os aspectos fitoquímicos, anatômicos e histoquímicos. Para isso foram utilizadas três combinações de plantas em mesmo vaso (22/22; 43/43 ou 22/43). Foi observado haver interferência, como a competição entre os acessos de fáfia, em que a presença do nematoide influenciou a produção de 20E. Essa competição entre acessos promoveu menor tolerância dos mesmos aos nematoides M. incognita e M. javanica. Análises anatômicas demonstraram que, principalmente no AC 22 infectado por 8 Meloidogyne, o cilindro vascular das raízes apresentou número elevado de células gigantes, multinucleadas, com citoplasma denso, bem como compressão de células do córtex e do cilindro vascular devido à presença dos sítios de alimentação. Esses sítios resultaram na compressão dos elementos do xilema nos dois acessos avaliados, ainda que o AC 43 tenha apresentado menor número de células gigantes ao longo do sistema radicular em comparação ao AC 22. Esses dados foram confirmados também nas análises de número de galhas e ovos dos nematoides. Os testes histoquímicos realizados indicaram reação positiva, da planta atacada pelo nematoide, tendo as plantas do tratamento testemunha menor intensidade de coloração para os corantes PAS, Sudan e xylidine Ponceau. A produção das enzimas indicadoras do estado de indução à resistência de plantas, com a combinação dos acessos e a presença do nematoide inoculado em cada vaso, demonstrou haver desativação parcial da via de controle oxidativo, bem como da via de síntese constitutiva de compostos fenólicos e de quitinases. |