Perfil dos egressos dos cursos de graduação da Universidade Federal de Minas Gerais – Campus Regional de Montes Claros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gonçalves, Edinalva Rodrigues
Orientador(a): Pinheiro, Daniel Calbino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/176c6482-c29a-42a1-ac45-9edc555be920
Resumo: Por meio desta pesquisa, pretendeu-se diagnosticar o perfil socioeconômico e profissional dos egressos dos cursos de graduação da Universidade Federal de Minas Gerais - Campus Regional de Montes Claros - Administração, Agronomia, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia de Alimentos, Engenharia Florestal e Zootecnia -, ingressantes a partir do ano de 2009 e concluintes entre os anos de 2013 e 2018. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem quantitativa, descritiva e exploratória quantos aos objetivos, tendo por estratégia metodológica o estudo de caso. A população da pesquisa foi composta pelos 841 egressos graduados entre os anos de 2013 e 2018. A coleta de dados foi realizada em dois momentos. O primeiro se destinou à identificação de todos os egressos, da trajetória acadêmica, das características socioeconômicas e demográficas desses profissionais, a partir dos registros constantes do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica da Universidade. Encerrada essa etapa, mediante a aplicação de um questionário, buscou-se reconhecer esses egressos em suas atuais atividades profissionais e acadêmicas, resgatando aspectos como a inserção no mercado de trabalho; a renda; a satisfação profissional; a escolaridade dos pais; a renda familiar; o ingresso na pós-graduação; e a percepção quanto à formação e ao papel da universidade. Os dados foram analisados sob o enfoque da estatística descritiva, com a utilização do software estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os resultados da pesquisa apontaram para um perfil feminino; não branco; mineiro, sobretudo do Norte de Minas; de classes sociais menos favorecidas; beneficiários da assistência estudantil; procedentes de um ensino médio público; com pais com baixo grau de escolaridade; além de significativo percentual de egressos (39%) serem os primeiros a concluir o ensino superior na família. Após a conclusão da graduação, 63% dos egressos foram admitidos no mercado de trabalho (emprego formal; atividade eventual e informal; ou negócio próprio ou familiar); 62% deram continuidade à formação acadêmica; e 4,5% estavam desempregados. Quanto à renda, a maioria dos respondentes (56%) informaram perceber até três salários mínimos, havendo variações por curso. Dessarte, a renda dos egressos, em regra, é inferior à média nacional para profissionais com ensino superior e ao piso salarial da categoria. Para mais, foi possível perceber que a UFMG – Campus Montes Claros atende a um perfil de estudante historicamente excluído da educação superior, evidenciando a importância desse Campus para a democratização do acesso, permanência e conclusão do ensino superior, além da interiorização. Contudo, não se pode olvidar que os cursos ofertados nesse Campus estão entre aqueles de menor concorrência na Universidade. Segundo Bourdieu e Boltanski (2003), as desigualdades educacionais são estruturadas nas desigualdades sociais, sendo a própria escolha da carreira um forte indicativo da origem social.