Acidentes e óbitos provocados por animais peçonhentos na região Sudeste - Brasil, 2005 a 2015: um estudo ecológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Cássio de Almeida
Orientador(a): Santos, Delba Fonseca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/14729784-830c-4611-b1e0-2269195f3ba1
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar a ocorrência de acidentes e óbitos provocados por animais peçonhentos na região Sudeste, Brasil. Trata-se de pesquisa epidemiológica, com delineamento ecológico e analítico. Efetuou-se uma busca no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-NET, sobre a ocorrência de acidentes e óbitos por todos os tipos de animais peçonhentos e aqueles causados por serpentes, escorpiões e aranhas, ocorridos nas unidades federativas da região Sudeste, no período de 2005 a 2015. A organização dos dados e análise estatística foram processadas por meio do Software IBM SPSS versão 22.0 para Windows®. A descrição dos resultados foi apresentada em valores absolutos, percentuais, médias, desvio padrão, mínimo e máximo, além de série histórica. Efetuaram-se análises bivariadas (teste Kolmogorov Smirnov) para comparar as médias entre as unidades federativas do Sudeste (p<0,05), bem como correlações com indicadores sociais e de saúde por meio da correlação Spearman's. Considerou-se o nível de significância de 5% (p<0,05). Entre 2005 e 2015, observou-se um total de 47.1403 acidentes e de 684 óbitos causados por animais peçonhentos, com a maior parte dos acidentes registrada em 2014 (58.544), enquanto o maior número de óbitos ocorreu em 2015 (99). Na série histórica, constatou-se uma ascensão acentuada a partir de 2010. No Sudeste, o escorpião representou maior média de acidentes e óbitos: 5.694,14 e 7,45 respectivamente. Em todos os anos, Minas Gerais concentrou a maior quantidade de acidentes e óbitos no geral; e em específico pelos animais estudados, exceto quanto aos acidentes por aranhas. As correlações, embora não tenham sido estatisticamente significantes (p>0,05), demonstraram relação entre maior quantidade de acidentes e óbitos e menor Índice de Desenvolvimento Humano, menor número de médicos e gastos em saúde pública. O estudo evidenciou uma elevada frequência de acidentes e óbitos provocados por animais peçonhentos e a sua ascensão ao longo da séria histórica analisada, principalmente em anos mais recentes. Delineou-se uma realidade preocupante que deve ser analisada com prudência, considerando que diversos fatores podem estar envolvidos. Assim, é imperativo que o problema estudado seja efetivamente gerenciado e não seja negligenciado.