Avifauna em áreas com diferentes estádios de conservação no Espinhaço Meridional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Lelis Vaz Leite de
Orientador(a): Machado, Evandro Luiz Mendonça
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/0413ae31-e1c4-4d54-b063-cf1c051adece
Resumo: Impactos ambientais comprometem direta ou indiretamente a riqueza e estrutura trófica da avifauna local e regional e informações sobre esta temática são escassas para as formações do Cerrado, em especial para a o Espinhaço Meridional. Assim, este estudo busca fornecer informações sobre a conservação, endemismo e estrutura trófica da avifauna em formações savânicas (cerrado típico e cerrado rupestre), de três áreas que se encontram em diferentes estádios de conservação na Serra do Espinhaço Meridional. Em cada área foi pré-estabelecido um transecto de 5 km, os quais foram visitados mensalmente. Cada uma dessas visitas teve duração de oito horas, totalizando 120 horas/ área. Ao percorrer tais transectos, foram registradas todas as aves vistas e/ou ouvidas. Foi avaliado o status de degradação de cada área estudada, por meio de uma matriz de impactos e a quantificação estrutural da paisagem foi feita por meio de índices de composição e configuração espacial. No Parque Estadual do Biribiri e antigo depósito de lixos de Diamantina (BL) foram registradas 123 espécies de aves distribuídas em 34 famílias. Para o RP foram registradas 88 espécies e 28 famílias e para a Área de Proteção Ambiental Pau-de-Fruta (PF) foram registradas 76 espécies e 23 famílias. Considerando que o pior cenário de impactos possível, no qual todos os critérios estão com a maior pontuação alcançável some 132, o RP atingiu 25% (33 pontos), o PF 26,5% (35 pontos) e o BL 60,6% (80 pontos). Em relação à estrutura trófica não houve diferenças significativas entre as áreas estudadas tanto para todo o período analisado (H = 5,670; p = 0,127), como para as duas estações seca (H = 5,436; p= 0,145) e chuvosa (H = 4,744; p = 0,191) e demonstrou um predomínio de espécies insetívoras, seguidas por frugívoras e onívoras. A insetivoria foi a guilda mais predominante durante as duas estações em todos os ambientes estudados. Houve uma considerável similaridade da avifauna entre as áreas. Os padrões encontrados por este estudo reforçam a necessidade melhor compreensão de ambientes antropizados, principalmente aqueles em áreas de formações savânicas, onde a avifauna indica uma tendência a apresentar maior plasticidade e amplitude ambiental.