Ocitocina exógena e leite residual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Linhares, Luyde Pena
Orientador(a): Oliveira, Margarida Maria Nascimento Figueiredo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/2f7bf942-6062-4ce1-808b-1ad87b5085f1
Resumo: Objetivou-se avaliar a aplicação suplementar de quatro doses de ocitocina exógena (0, 5, 10, 15 UI) na remoção do leite residual e os parâmetros de produção da ordenha, produção de leite residual, produção total, porcentagem em relação à ordenha total, composição e incidência de mastite através da contagem de células somáticas (CCS). O experimento foi conduzido em uma propriedade particular, tipicamente leiteira, localizada no município de Francisco Sá, região Norte de Minas Gerais, durante os meses de fevereiro a junho de 2012. Foram utilizados 20 vacas mestiças Holandês-Guzerá, mantidas a pasto com suplementação proteica, clinicamente sadias, com grau sanguíneo variando entre animais 3/4 e 7/8, multíparas, com ordem de parto entre segunda a quinta lactação, com 60 dias pós-parto e produção média entre 7 e 13 kg de leite. O delineamento utilizado para as variáveis de produção e composição foram inteiramente casualizado (DIC), com repetição no tempo (nove semanas). Foi feita a regressão na análise de variação. Para verificar a dependência entre a prevalência de mastite e as doses suplementares de ocitocina foram realizadas análises estatísticas com teste de Qui-quadrado, sendo os valores dos resultados considerados significativos quando P < 0,01. O volume de leite oriundo da ordenha plena apresentou variância (P<0,01) e comportamento quadrático em relação às doses suplementares, apresentando nas doses de ocitocina superiores a 5 UI. A produção de leite residual apresentou comportamento semelhante, sendo a dose de 10 UI a que melhor promoveu a remoção do leite residual e consequente produção. A produção total de leite também foi influenciada (P<0,01) pela administração de ocitocina exógena, com maior produção acima da dose de 5UI, decrescendo abruptamente com as doses de 10 e 15 UI. A porcentagem de leite residual apresentou mesmo significância e distribuição dos dados quadraticamente, com remoção de 12,3 % de leite residual com a maior dose 15 UI. Na composição do leite residual, observou-se significância (P<0,05) somente quanto à gordura, não apresentando variância significativa quanto à lactose e proteína. A gordura, comportando quadraticamente, obteve maior teor no leite residual quando administrado 9,5 UI, bem próximo a dose tratamento proposto de 10 UI. Quanto à celularidade do leite (CCS) através do teste CMT, observou-se relação inversa ao aumento das doses suplementares de ocitocina. Em relação aos tratamentos 0; 5; 10 e 15UI, a dose de 15 UI resultou em leite com baixa celularidade e melhor qualidade. Maior foi o número de tetos que continham até 200.000 células/mL de leite, dentro das normas de produção e qualidade determinadas pela Normativa 62. Evidenciou-se o efeito heterogêneo e dose–dependente da ocitocina exógena quanto a seus efeitos na produção, composição e qualidade do leite.