Variações na dieta de Gracilinanus agilis E G. microtarsus (Didelphimorphia, Didelphidae): análise do estado de conhecimento atual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sena, Verônica Guedes
Orientador(a): Lessa, Leonardo Guimarães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/7ce64682-87a8-4ecd-95f4-11e4e025e889
Resumo: Gracilinanus agilis e Gracilinanus microtarsus são espécies de marsupiais congenéricas que apresentam semelhanças morfológicas no tamanho e massa corporal, adaptações para a vida arborícola e tendem a usar o ambiente e os recursos alimentares de maneira similar. O objetivo do presente estudo foi investigar a variação na dieta dessas espécies ao longo da sua área de distribuição conhecida atualmente e também investigar a composição da dieta em uma área de simpatria no Parque Estadual do Rio Preto (PERP), Minas Gerais, Brasil. Foi realizado uma revisão bibliográfica de todos os estudos sobre a dieta de G. agilis e G. microtarsus, em simpatria e alopatria. Os itens alimentares mais registrados na literatura para as duas espécies foram artrópodes (Coleoptera, Hymenoptera e Isoptera), sementes de Melastomataceae e, além disso, G. agilis apresentou um consumo esporádico de pequenos vertebrados na dieta. Nas análises de sobreposição de nicho a área de simpatria no PERP as espécies apresentaram baixa sobreposição de nicho trófico (CH = 0,084), com diferença nas frequências de ocorrência dos itens consumidos. Nas análises de NMDS foi possível observar que a dieta de Gracilinanus microtarsus constitui um subconjunto da dieta de sua espécie congenérica G. agilis, sendo assim os resultados observados em simpatria apesar de ambas as espécies serem caraterizadas como insetívoras G. agilis apresentou uma dieta diversa e associada ao consumo de itens de origem vegetal enquanto G. microtarsus tende a manter sua dieta insetívora associada ao consumo mais frequente de itens de origem animal. Os resultados indicam também que a coexistência das espécies pode estar associada à flexibilização no uso dos recursos alimentares consumidos.