Crescimento de Brachiaria brizantha e seu potencial para remediação de solo contaminado com picloram em três valores de pH.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Braga, Renan Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/547
Resumo: O Brasil possui imensas áreas de pastagens e a espécie mais cultivada é a Brachiaria brizantha. O controle das plantas daninhas nestas áreas é realizado predominantemente pelo uso de herbicidas com longo período residual, destacando-se o picloram. Este é utilizado no controle de plantas daninhas de folhas largas perenes e tem sido intensamente pesquisado em função da alta meia vida nos solos, sendo sua persistência dependente do clima e atributos edáficos, como textura e pH. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento e o potencial remediador de B. brizantha em solo contaminado com picloram em diferentes níveis de pH. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições e com faixa de pH variando entre 4,5 e 5,6. Cultivou-se a forrageira até a floração, quando se determinou a massa da matéria seca dos componentes da planta e posteriormente, cultivou-se plantas de pepino como indicadores da presença do herbicida. O picloram causou redução no acúmulo da massa da matéria seca total das plantas de B. brizantha, em consequência do efeito negativo sobre a produção de raízes, independente do pH do solo. Nas folhas o herbicida promoveu redução na massa da matéria seca em solo com maior pH. Nos tratamentos com maior valor de pH, na profundidade de 35 cm, constatou-se maior acúmulo de massa da matéria seca de raízes quando não se aplicou o herbicida, indicando que em solos menos ácidos o herbicida tende a prejudicar o desenvolvimento de raízes da forrageira em maiores profundidades. A B. brizantha reduziu a concentração de picloram na camada superficial de solo, o que pode ser atribuído a sua capacidade de degradar o herbicida e também ao fato desta absorver e exsudar o herbicida ao longo das camadas de solo. Observou-se também que em solos com maiores valores de pH o herbicida tem maior potencial de lixiviação, principalmente quando não cultivado com B. brizantha. Solos com menores valores de pH tendem à maior sorção do herbicida, e consequentemente, a maior concentração do mesmo em camadas intermediárias. Pode-se concluir que altas concentrações de picloram no solo são nocivas ao crescimento da B. brizantha, principalmente sob condições de solos menos ácidos e esta forrageira pode ser usada para remediação de solos contaminados por picloram e na prevenção de sua lixiviação, que é maior em solos tratados com calcário.