Desafios da construção de uma gestão democrática participativa: o caso do IFNMG Campus Montes Claros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sá, Josilene de Fátima Cardoso de
Orientador(a): Pinheiro, Daniel Calbino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/333b77a8-bf3f-436f-bce2-06d1f68d416e
Resumo: Este estudo, vinculado à linha de pesquisa “Gestão de Instituições Educacionais” do Programa de Pós-graduação em Educação da UFVJM, objetivou compreender o processo de gestão do IFNMG Campus Montes Claros à luz dos limites e desafios para uma gestão democrática participativa. O constructo teórico mostra a dimensão polissêmica do conceito de democracia desde à concepção grega até as teorias contemporâneas, bem como delineia o contexto de lutas e disputas conceituais acerca da gestão democrática durante a aprovação da Constituição Federal de 1988, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e dos Planos Nacionais de Educação. Em temos metodológicos, a pesquisa se caracteriza por uma abordagem qualitativa e tem enquanto procedimento técnico o estudo de caso. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se da análise documental, a pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas realizadas com servidores docentes e técnicos, com discentes e um representante de pais. Como principais resultados desse estudo, identificou-se nos documentos institucionais uma estrutura hierárquica piramidal e a instituição de mecanismos de gestão que condizem com um modelo de gestão colegiada. As práticas de gestão do campus, na percepção dos entrevistados, se mostraram condizentes com uma democracia representativa. Outro importante resultado foi a tensão entre as visões filosóficas dos sujeitos em que os docentes, por um lado, em sua maioria, demonstraram uma perspectiva de democracia representativa e elitista e, por outro lado, os técnicos, discentes e representantes de pais apresentaram uma base filosófica que se aproxima de uma democracia direta e participativa. Diante das limitações apresentadas no estudo, o principal desafio encontra-se nas barreiras burocráticas e culturais no sentido de instituir uma gestão que tem o princípio da “participação” como fundamento primeiro no processo decisório da instituição e a cultura democrática como sustentáculo de uma democracia participativa.