Digestibilidade ruminal obtida com digesta omasal, perfil de degradação obtido por esvaziamento ruminal e estimativa da fração digestível da fibra em detergente neutro de volumosos para bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, Rodrigo Cornélio de Oliveira
Orientador(a): Villela, Severino Delmar Junqueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/402
Resumo: Um experimento foi realizado com o objetivo de estimar o consumo, a digestibilidade total e as taxas de digestão (kd) e de passagem (kp) ruminal dos nutrientes de dietas constituídas exclusivamente por volumosos. Avaliaram-se também algumas equações para predizer a digestibilidade da fibra destes alimentos para bovinos de corte. Foram utilizados cinco bovinos mestiços Holandês x Zebu, machos não castrados, fistulados no rúmen, com peso corporal (PC) médio inicial de 458,5 ± 32,5 kg, distribuídos em delineamento experimental em quadrado latino 5 x 5 balanceado para efeito residual. O experimento foi constituído de cinco períodos experimentais, com duração de dezesseis dias cada um, sendo sete dias destinados à adaptação dos animais às dietas e os outros nove para a realização das coletas. As dietas experimentais foram constituídas de cinco volumosos, sendo utilizadas as silagens de milho (SM, Zea mays, L.), de capim-elefante (SCE, Pennisetum purpureum Schum) e de capim-braquiária (SCB, Brachiaria decumbens), a cana-de-açúcar in natura (CA, Saccharum officinarum L.) e o feno de capim-tifton 85 (TF85, Cynodon spp.). Utilizou-se a mistura de ureia/sulfato de amônio na proporção de 9:1 para manter as dietas isoproteicas (11% de PB). Os dados foram analisados utilizando o procedimento MIXED do SAS (versão 9.1), utilizando-se o teste de Tukey e 0,05 como nível crítico de probabilidade para o erro tipo I. O consumo de matéria seca (CMS) foi maior (P<0,05) para os animais alimentados com SM quando comparado aos animais que receberam CA. Maiores (P<0,05) valores para o consumo de FDNcp foram observados para os animais alimentados com SM, SCB, SCE e FT85. Não houve diferença (P>0,05) para os coeficientes de digestibilidade aparente da MS, MO, PB e CNF entre os volumosos avaliados. A digestibilidade da FDNcp foi maior (P<0,05) para os animais alimentados com SCB, SCE e FT85 em relação aos alimentados com CA. Maior (P<0,05) valor para o coeficiente de digestibilidade ruminal (CDR) da FDNcp foi observado para os animais que receberam SCB, SCE e FT85 em relação aos que consumiram CA. Não houve diferença (P>0,05) para o Pool (kg/dia) e para a kp (h-1) da FDNcp entre os diferentes volumosos avaliados. A eficiência microbiana (g/kg NDT) foi maior (P<0,05) para os animais alimentados com SCB (147,08 g/kg NDT). Houve interação (P<0,05) entre os efeitos de tratamento e tempo de mensuração do pH ruminal. Os valores de pH no líquido ruminal apresentaram comportamento quadrático em função do tempo e os valores máximos de 6,72; 7,10; 7,06 e 6,92 foram estimados nos tempos de 9,45; 10,99; 11,13 e 12,00 horas após a alimentação para as dietas contendo SM, SCB, SCE, e FT85, respectivamente. Os valores de pH para CA apresentaram comportamento linear decrescente em função do tempo. Conclui-se que o uso exclusivo de volumosos tropicais nas dietas de bovinos, com exceção da cana-de-açúcar in natura, proporcionam consumo e digestibilidades dos nutrientes satisfatórios, visto que dietas com 11% de PB atendem as exigências mínimas de compostos nitrogenados para os microrganismos ruminais maximizarem a digestão da fibra em detergente neutro.