Micropropagação e enraizamento de miniestacas de mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Azevedo, Maria Luiza de
Orientador(a): Titon, Miranda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/04f1a726-5d16-4064-99ee-07ba9d97a4ea
Resumo: A propagação seminal do mogno africano apresenta alguns impasses, como o elevado preço das sementes e a perda de viabilidade em curto espaço de tempo. Diante desses fatos, a propagação vegetativa se torna uma alternativa para produção de mudas da espécie. Este trabalho teve como objetivo desenvolver procedimentos para o estabelecimento da miniestaquia e micropropagação de mogno africano (Khaya ivorensis). Para o experimento de miniestaquia, avaliou-se o efeito de concentrações de AIB (0, 500, 1000 e 2000 mg L-1) no enraizamento de miniestacas caulinar e foliar de Khaya ivorensis. Em miniestacas caulinares, a concentração de 2000 mg L-1 de AIB foi a que apresentou a maior taxa de enraizamento (72%). Já as miniestacas foliares não foram consideradas adequadas para a propagação do mogno, uma vez que não houve desenvolvimento da parte aérea. Para a micropropagação foram conduzidos seis experimentos que envolveram germinação, estabelecimento, multiplicação e aclimatação. Para a germinação “in vitro”, foram realizados dois experimentos, sendo o primeiro avaliando tempos de imersão no hipoclorito de sódio (10, 20, 30 e 40 minutos) na desinfestação das sementes, e o segundo avaliando meios de cultura acrescidos de aditivos (carvão ativado + sacarose, carvão ativado sem sacarose, PVP + sacarose, PVP sem sacarose) na germinação “in vitro”. O tratamento mais adequado de assepsia das sementes foi a desinfestação em hipoclorito de sódio 2,5% por 20 minutos, e o meio de cultura contendo carvão ativado e sacarose foi o mais indicado para a germinação “in vitro”. No experimento de estabelecimento, foram utilizados ápices caulinares de mudas de mogno africano mantidas em viveiro, testando-se concentrações de hipoclorito de sódio (1,25 e 2,5%) e antioxidantes (carvão ativado e PVP), sendo o tratamento composto por hipoclorito de sódio 2,5% acrescido de carvão ativado, o que apresentou os melhores resultados. Para a multiplicação foram usados explantes retirados de plantas germinadas “in vitro”, introduzidas em meio de cultura MS, suplementados com concentrações de BAP e ANA. Os tratamentos apresentaram baixa taxa de multiplicação. Para o experimento de pré-aclimatação, as plantas multiplicadas foram transferidas para copos de polietileno contendo 10 g de vermiculita, cobertos com plástico transparente por 10 dias, posteriormente, aplicou-se os tratamentos de retirada ou manutenção da cobertura intacta do plástico. A maior porcentagem de sobrevivência (83%) ocorreu quando se manteve a cobertura plástica intacta no entorno da planta. Na aclimatação, as plantas sobreviventes da pré-aclimatação foram transplantadas para tubetes contendo substrato vermiculita, adicionado de 8 g L-1 de Osmocote® (19-06-10) e conduzidas em casa de vegetação, sendo mantido o histórico dos tratamentos da pré-aclimatação. Observou-se maior sobrevivência (41%) nas plantas que foram submetidas à pré-aclimatação com a cobertura do plástico.