Eventos de vida produtores de estresse, fatores ambientais e inatividade física como determinantes no adoecimento dos servidores públicos do Instituto Federal do Tocantins – IFTO
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2455 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo relacionar os afastamentos funcionais com os eventos de vida produtores de estresse (EVPE) dos servidores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), que se afastaram por motivo de doença entre os anos de 2011 a 2017. A amostra foi composta por professores e técnicos administrativos em educação (TAE’s) de todos os campi do IFTO (n= 197), juntos utilizaram um total de (n=446) afastamentos. Entre os professores houve predominância do sexo masculino (54%), média de idade de 40.6 anos e desvio padrão (DP) de 6.98 anos, a maioria possui mestrado (40%) e são casados (69%). Os TAE’s, a maior parte, são do sexo feminino (68%), possuem média de idade de 37.5 anos e DP de 7.73 anos, majoritariamente com especialização (58%) e casados (64%). Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos: Questionário sociodemográfico, ocupacional e de fatores regionais, que avalia desde o sexo, idade, grau de escolaridade dos participantes até o ano em que necessitaram de afastamento médico e se fatores ambientais característicos do estado, como umidade relativa do ar, temperatura, queimadas, influenciaram no seu afastamento; Escala de Reajustamento Social, que analisa os estressores externos, ou seja, os EVPE que os servidores estavam vivenciando no momento da licença médica; e, Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), que classifica o respondente entre sedentário e suficientemente ativo, além disso, foi incluído neste questionário uma questão que aborda o índice de massa corporal (IMC) dos respondentes, que os classifica em baixo peso, peso adequado, sobrepeso e obesidade, segundo a classificação preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os resultados revelaram, na correlação de Pearson (r) e regressão linear (r2 ), correlações positivas e com forte dependência entre afastamentos e as seguintes variáveis: quanto aos EVPE, cada categoria foi avaliada separadamente, os resultados revelaram que os professores e TAE’s apresentaram uma relação muito forte nas seguintes categorias: dificuldades pessoais, (r=0,99, r2 =0,98) e (r=0,99, r2 =0,98); família, (r=0,99, r2 =0,98) e (r=0,96, r2 =0,92); trabalho, (r=0,99, r2 =0,98) e (r=0,95, r2 =0,90), respectivamente; em relação aos fatores ambientais os professores apresentaram uma correlação muito forte (r=0,99, r2 =0,98) e os TAE’s uma relação forte (r=0,93, r2 =0,86); o nível de atividade física apresentada pelos servidores participantes da pesquisa e os afastamentos realizados apresentaram uma relação muito forte (r=0,98, r2 =0,96) tanto para os professores quanto para os TAE’s; a relação entre afastamentos e sobrepeso/obesidade também apresentou uma correlação muito forte (r=0,99, r 2 =0,98) para os professores e para os TAE’s (r=0,98, r2 =0,96). Conforme dados da literatura e as correlações realizadas neste estudo, os EVPE, os fatores regionais próprios do estado do Tocantins e a inatividade física podem contribuir para o desenvolvimento de doenças e são fatores que necessitam de um olhar especial por parte do poder público, medidas preventivas devem ser tomadas visando à totalidade do indivíduo e não somente o ambiente de trabalho, como abordado, atualmente, por muitas pesquisas e programas de qualidade de vida no trabalho (QVT). |