Vulnerabilidades Sociais e Indicadores Ambientais em Área Rural e suas Implicações na Propagação da Doença de Chagas: Um Estudo no Assentamento Barra Bonita, Estado do Tocantins
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
PPGDIRE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/7085 |
Resumo: | A Doença de Chagas é considerada uma doença negligenciada que acomete países subdesenvolvidos de elevada pobreza social, por locais marcados pela falta de acesso à saúde, à educação e à moradia digna. A Doença de Chagas acomete a população residente dos espaços rurais e urbanos, porém os surtos da doença nos espaços rurais vêm crescendo ao longo dos anos, conforme dados extraídos do Data Sus e do UFT/EBSERH. Esse crescimento se deve a ingestão de frutos típicos da região norte do País, causando a Doença de Chagas de forma aguda, porém na mesma região ainda é possível verificar indicadores ambientais que demonstram o risco para o desenvolvimento da doença na sua forma vetorial, como casas mal construídas, desmatamento e animais silvestres no peridomicílio. Além da presença dos indicadores ambientais, a população rural se torna mais vulnerável socialmente; vulnerabilidade é compreendida como a exclusão social, que afeta a falta de oportunidades a essas pessoas de maneiras diversas. Sendo assim, a falta de oportunidades está intrinsicamente ligada ao desenvolvimento social, ao acesso às “capacidades” que permitem as pessoas de levarem uma vida mais digna, como viver livres de doenças transmissíveis. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi assim definido: analisar as vulnerabilidades sociais e os indicadores ambientais no assentamento Barra Bonita, no município de Carmolândia, estado do Tocantins, e suas implicações com o aparecimento da Doença de Chagas, sendo discutida através da teoria de Amartya Sen, sobre a expansão das capacidades e liberdade substantiva. Trata-se de um estudo de campo descritivo-exploratório, com a utilização da pesquisa qualiquantitativa, onde foram analisados 19 lotes do PA Barra Bonita e 32 participantes entrevistados. Utilizou-se para os levantamentos de dados e os procedimentos metodológicos: pesquisa bibliográfica, questionário semiestruturado, formulário e fotodocumentação. Os resultados apresentados demonstram que os moradores do PA Barra Bonita identificam os riscos da transmissão pela Doença de Chagas de forma oral, portanto ainda são fragilizados quanto às informações sobre os indicadores ambientais que propagam a doença de forma vetorial. Quanto aos resultados sociodemográficos dos entrevistados, foi possível observar que a maior parte estão limitados quanto à baixa renda e ao baixo grau de escolaridade, porém aqueles, cuja a renda e a escolaridade foram maiores, conseguiram responder melhor em relação ao conhecimento do Triatomínio, ou seja, conseguem se prevenir frente ao risco do desenvolvimento da doença. Dessa forma, concluímos que faltam melhores acessos no PA Barra Bonita que garantam a expansão das capacidades dos moradores, pois a partir do momento em que expandirem suas rendas, escolaridades, melhores moradias e acesso à educação em saúde, consequentemente, estarão expandindo suas capacidades de escolhas, evitando ou eliminando, assim, os indicadores para a propagação da Doença de Chagas. |