Obtenção de ecocarvão de pirólise do lodo de esgoto para adsorção de poluentes em meio aquoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Madeira, Carla Suély Pereira
Orientador(a): Vieira , Glaucia Eliza Gama
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroenergia - PPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1973
Resumo: O lodo de esgoto é um resíduo gerado em grandes quantidades nas ETE’s devido ao aumento do número de esgotos tratados. Devido às limitações dos meios de descarte existentes deste lodo, pode representar um grave problema ambiental se não for disposto adequadamente. No Brasil a maior parte desse resíduo é enviada para aterros sanitários, reaproveitadas no setor agrícola ou incineradas. Este cenário leva a necessidade de rotas alternativas para o aproveitamento tecnológico desse resíduo, nesse contexto, o processo de pirólise representa uma tecnologia promissora e possui vantagens como a geração de subprodutos com valor agregado maior que o do lodo e produtos úteis, como os materiais porosos para adsorção de poluentes de meios aquosos e gasosos. Visando novas utilizações para o lodo de esgoto da ETE Prata, o presente trabalho teve como objetivo o estudo de sua pirólise para obtenção de ecocarvão e sua utilização como material adsorvente de poluentes (azul de metileno e tartrazina) em meio aquoso. Também foi estudado o potencial de uso energético do lodo e do ecocarvão obtidos por pirólise por meio da determinação de seus poderes caloríficos. Para sua utilização, o lodo recebido foi seco, triturado e homogeneizado. O processo de pirólise foi realizado em diferentes condições de temperatura (450ºC – 550ºC), taxa de aquecimento (10ºC/min – 30ºC/min) e tempo (60 min – 120 min) a fim de avaliar a melhor condição de processo para obtenção de maior rendimento de ecocarvão. Determinou-se a temperatura mais indicada para maior formação do biocarvão, obtendo-se o valor de 450ºC. O biocarvão obtido foi caracterizado e passou por processo de adsorção física, logo após foi utilizado nos ensaios de adsorção de azul de metileno e de tartrazina em soluções aquosas. Os resultados mostraram bons coeficientes de remoção nos produtos da pirólise para o azul de metileno 98,7% (m/m) e capacidade de remoção adsortiva superior a encontrada para o carvão ativo comercial 76,53% (m/m) para tartrazina 98,83% (m/m). Quanto ao uso energético do ecocarvão, obteve-se um poder calorífico de 11,942 MJ.Kg-1, indicando como combustível com poder calorífico similar ao do carvão mineral brasileiro utilizado em termoelétricas.