Atividade xilanásica de fungos associados ao trato digestório de insetos: potencial para obtenção de xilooligossacarídeos a partir de farelo de trigo
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Bionorte
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6746 |
Resumo: | Insetos e fungos são grupos muito diversos e coexistem em vários habitats terrestres e aquáticos e interações potenciais podem ocorrer entre espécies desses dois grupos, podendo ser benéficas para ambos os parceiros. O estudo do trato digestório (TD) de insetos como um habitat para microrganismos fúngicos é uma oportunidade para obtenção de linhagens fúngicas com potencial biotecnológico, além de ser importante para a compreensão das relações simbióticas entre esses organismos. Assim, o objetivo desse trabalho foi conhecer a diversidade fúngica do TD de larvas de Triplectides (Trichoptera: Leptoceridae) e o potencial biotecnológico para produção de xilanases e obtenção de xilooligossacarídeos (XOS). As larvas foram coletadas em riachos de baixa ordem do Cerrado e Floresta Amazônica, Brasil. E o TD foi analisado para obtenção de amostras fúngicas, e posteriormente identificação. Na primeira fase, os 49 isolados fúngicos foram testados quanto a produção de xilanase e CMCase, em placas. Na segunda fase, 33 linhagens fúngicas foram testadas em cultivo submerso, utilizando farelo de trigo como substrato lignocelulósico, para a produção simultânea de xilanase e XOS. Posteriormente, foi realizada a imobilização da enzima xilanase. Como resultado, o gênero Penicillium foi o mais frequente no TD de larvas de Triplectides (Trichoptera: Leptoceridae). No teste em placas, 78% das linhagens foram produtoras de CMCase e 62% de xilanase nas amostras de Cerrado. Já em Floresta Amazônica, esses resultados foram 35% para CMCase e 71% para xilanase. No teste em cultivo submersos, os isolados Penicillium rubens MN737746.1, Talaromyces palmae MT521727.1 e Penicillium paxilli MN737731.1 apresentaram maior produção de xilanase 5,31 U/mL, 3,12 U/mL e 2,45 U/mL, respectivamente. E a linhagem Penicillium caseifulvum MT521726.1 destacou-se na produção de XOS (16,70 mg/mL). A imobilização da enzima com resina e funcionalizada com Glutaraldeído apresentou 88% de rendimento. Os resultados apontam uma elevada diversidade de espécies fúngicas associadas ao TD de larvas de Triplectides tanto em riachos de Floresta Amazônica quanto em Cerrado. Além disso, observou-se que a maioria dos isolados fúngicos apresentam habilidade para produção de enzimas xilanolíticas. |