Os Akwẽ-Xerente: uma análise sobre o ingresso e a permanência no Ensino Superior
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Miracema do Tocantins |
Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Serviço Social
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/5209 |
Resumo: | No Brasil, os povos indígenas foram negligenciados, silenciados e desvalorizados, tendo sua cultura, seus hábitos e suas tradições esquecidos, a fim de impor uma cultura civilizatória, colonizadora e de mentalidade racista que persiste até os dias atuais. Nesse segmento, esta dissertação tem por objetivo principal mapear possibilidades, expectativas e as dificuldades dos Akwẽ-Xerente no ingresso e na permanência na Universidade Federal do Tocantins – UFT, câmpus Miracema do Tocantins. Para o desenvolvimento do estudo foram feitos levantamentos sobre: as práticas escravistas e genocidas ocorrentes no período colonial, práticas que compõem a gênese educacional brasileira, sobre a criação do estado do Tocantins, desenvolvendo uma breve apresentação de quem são os Akwẽ-Xerente, centrando em características da educação tradicional Akwẽ, que atualmente tem tomado novos rumos sob a ótica do ingresso e da permanência no curso superior, sendo essa uma opção de resistência, manutenção e reafirmação cultural. O presente trabalho levanta questões a respeito do desinteresse e as visões equivocadas e preconceituosas por parte da população sobre a cultura dos indígenas Akwẽ (manifestações e ritos diversos), discute sobre o campo do Serviço Social e a sua atuação com relação à defesa da sobrevivência da cultura e dos costumes dos povos indígenas e por fim apresenta e desenvolve questionamentos sobre as políticas de ações afirmativas voltadas para a permanência dos alunos indígenas nas universidades, mais precisamente na UFT e a percepção dos alunos indígenas acerca do funcionamento dessas políticas e sobre suas vivências na universidade. O método utilizado foi o qualitativo, de levantamento bibliográfico, documental e de pesquisa de campo através de uma observação participante, entrevistas e diálogos com os Akwẽ, reunindo relatos de experiências de acadêmicos indígenas da UFT. Após a coleta e a discussão dos dados obtidos, concluiu-se que a formação indígena sempre sofreu e ainda sofre deficiência cultural na educação escolar e superior e que os espaços acadêmicos, apesar de serem compostos por estudantes indígenas, ainda são espaços com trechos colonizadores que necessitam de revisões quando se trata das formas de acolhimentos, representatividades, metodologias e demais condições, como a conscientização da necessidade de analisar as questões educacionais indígenas sob um viés histórico e crítico, sensível para ouvir, aprender e reconhecer a desinformação que nos cerca sobre esses povos. |