Bioprospecção fitoquímica, toxicidade e atividades antioxidante e anticolinesterásica de extratos da Parkia Platycephala (Benth.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Rachel de Moura Nunes
Orientador(a): Scapin, Elisandra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Bionorte
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/5386
Resumo: Apesar de ser histórico o uso de plantas com fins terapêuticos no Brasil, o avanço nas pesquisas que justifiquem tais efeitos farmacológicos ainda é ínfimo diante da vasta flora nacional. Com a perspectiva da indicação da espécie Parkia platycephala no tratamento da Doença de Alzheimer, realizou-se duas metodologias de extrações a quente (hidroetanólica e sequencial) da folha, casca, flor e semente desta espécie, para realizar a bioprospecção química (cromatografia liquida “LC”, cromatografia gasosa “CG”), determinar a capacidade antioxidante (DPPH•), a atividade anticolinesterásica (Ellman) e a toxicidade (Artemia salina, Allium cepa) destes extratos. Os extratos brutos da folha (LE), casca (BE), flor (FE) e semente (SE) da Parkia platycephala foram obtidos após extração hidroetanólica em refluxo (Soxlhet), utilizando solução etanolica (70%) pelo período de 5h. A extração sequencial, teve início com solvente hexânico sob refluxo durante 5h. Após 12h de secagem em capela, a mesma amostra passou por nova extração com solvente metanólico. Repetiu-se a metodologia, para finalizar a extração com solução etanólica (70%). Assim obtiveram-se os extratos metanólicos e etanólicos da folha (LEM, LEE), da casca (BEM, BEE), da flor (FEM, FEE) e da semente (SEM, SEE), respectivamente. As presenças de taninos, flavonoides, saponinas, fitoesteróis/triterpenoides e alcaloides foram detectados na triagem fitoquímica de ambas as metodologias. A atividade antioxidante dos extratos sofreu influencia das metodologias, principalmente para o extrato etanólico da casca, com capacidade antioxante (IC50=10,69 ± 0,35 μg. mL-1) superior ao padrão rutina (IC50=15,85 ± 0,08μg. mL-1). A caracterização química dos extratos sequenciais, indicou uma diversidade de compostos, evidenciando-se o urs-12-eno e o 1,2,3 benzenotriol, nos extratos da folha, o ácido linoelaidico, o (Z)-9- octadecenamida e o (Z)-7-hexadecenal, nos extratos da semente, a trilinoleina, a (Z)-9- octadecenamida, nos extratos da casca e o 3-O-metil-d-glicose e (metilsulfinil)(metiltio)- metano nos extratos da flor. Para os extratos brutos identificou-se por CG-EM, três esteroides e dois triterpenoides. A análise por CL-DAD revelou a presença de naringina e kaempferol em todas as partes da planta, além de ácidos fenólicos (na folha, casca e flor). Dentre os extratos analisados, a casca e a semente apresentaram os maiores índices de toxicidade frente à Artemia salina, enquanto em relação à Allium cepa, os extratos da semente inibiram o crescimento radicular a partir de 250 μg. mL-1. Tais resultados são indicativos de atividade antitumoral. Apesar de todos os extratos terem apresentado potencial atividade anticolinesterásica, o extrato bruto da semente e os extratos sequenciais da flor se destacaram. Concluimos que, os extratos sequenciais etanólicos apresentaram melhores resultados nos ensaios antioxidante (casca), de toxicidade (folha) e anticolinesterásico (flor), enquanto o extrato bruto da semente teve destaque na toxicidade e atividade anticolinesterásica.