Balanço de carbono e nutrientes solo/planta em plantios de palma-de-óleo (Elaeis guineenses), na Amazônia oriental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dotto, Marciane Cristina
Orientador(a): Erasmos, Eduardo Andrea Lemus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Gurupi
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/877
Resumo: O Brasil produz cerca de 340 mil toneladas de óleo-de-palma. A maior parte provém do território paraense que representa cerca de 90% da produção nacional de óleo-de-palma, com 160 mil hectares plantados em função da aptidão edafoclimática da região que possui condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Diante da relevância desta cultura, os estudos aqui realizados foram conduzidos com o objetivo de fornecer informações sobre os aspectos fisiológicos, quantificação de biomassa, estoque de carbono e balanço nutricional em plantios de palma-de-óleo com 3, 4, 5, 6 e 7 anos de idade. As investigações aqui relatadas são divididas em quatro capítulos. No primeiro capítulo o objetivo foi estudar as respostas das trocas gasosas em plantações de palma-de-óleo das variedades Deli x Ghana e Compacta x Ghana com 6 e 7 anos de idade, nas condições edafoclimáticas do município de Mojú – PA. O segundo capitulo consiste na quantificada a biomassa das plantas de palma-de-óleo pelo método destrutivo bem como a obtenção de variáveis biométricas de fácil mensuração para o ajuste de equações alométricas específicas e regionais para estimar a biomassa aérea das plantas. A vantagem do desenvolvimento dessa ferramenta (equação) é a economia de tempo, energia e recursos. Pois nas próximas estimativas de biomassa não se faz necessária amostragem destrutiva das plantas. Com a obtenção da biomassa seca da palma-de-óleo o terceiro capitulo foi verificado o potencial da cultura na fixação de carbono em sua biomassa, como quantificar o estoque de carbono no sistema planta, solo e serapilheira. Por fim, o quarto capítulo verificou o conteúdo de nutrientes no solo, na serapilheira e na planta em diferentes compartimentos, finalizando com o balanço de macronutrientes no sistema solo-planta, em plantios de palma-de-óleo, com 3 a 7 anos de idade. No estudo das respostas das trocas gasosas, as plantas de palma-de-óleo com seis anos de idade, apresentaram maiores valores para a condutância estomática, transpiração e a eficiência instantânea da carboxilação (EiC) em relação as plantas com 7 anos de idade para as variedades Deli x Ghana e Compacta x Ghana. Nas condições edafoclimáticas da região, a variedade Compacta x Ghana, somado às suas características genéticas, apresentou maior capacidade de realizar fotossíntese quando comparado a variedade Deli x Ghana. Ficou evidenciado que é possível expressar a biomassa seca total da espécie (Elaeis guineensis Jacq.), com 3 a 7 anos de idade por meio de equações de regressão, utilizando variáveis independentes de fácil obtenção. A concentração de carbono (C) na biomassa das plantas foi de 55,2%, apresentando um estoque de carbono total no sistema (solo+serapilheira+ planta) de 71,16 Mg C ha-1 em plantios com até 7 anos de idade. E finalizando o estudo com balanço de macronutrientes no sistema, onde os plantios de palma-de-óleo apresentaram um balanço positivo para todos os elementos, exceto para o potássio que apresentou saldo negativo nos plantios com 6 e 7 anos de idade. Pode-se afirmar que o manejo realizado nos plantios de palma-de-óleo em Mojú-PA, não exaurem o solo.