Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Rubenilson Pereira de |
Orientador(a): |
Camargo, Flávio Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11612/178
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi examinar e analisar as práticas discursivas e de (não) subjetivação no ambiente escolar, cuja ênfase recai sobre as relações entre os estudos de gênero e de sexualidades e suas interfaces com o ensino e a formação de professores, assim como suas implicações socioculturais na e para o processo de constituição de identidades de gênero e sexuais. Para tanto, nosso embasamento teórico e crítico advém, principalmente, de uma perspectiva pós-estruturalista, no que se refere aos estudos de gênero e de sexualidades (Foucault (1988), Hall (2009), Junqueira (2009), Louro (2000, 2004, 2007 e 2010) e dos paradigmas educacionais emergentes (Morin (1996), Moraes (1997) e Weil (1993)), incluindo-se aí a perspectiva dos estudos culturais referentes às teorias do currículo, e, por conseguinte, ao ensino e à formação de professores (Silva (2000, 2009 e 2011), Facco (2009) e D‟Ambrósio (1999)), entre outros teóricos, a partir dos quais verticalizamos nossas discussões acerca da relação entre gênero, diversidade sexual e currículo. Partindo desses pressupostos teóricos e críticos, optamos por um estudo de caso em uma escola pública de educação básica, em uma região periférica, na zona urbana, do município de Porto Nacional, no estado do Tocantins. Como metodologia para a coleta de dados, valemo-nos de entrevistas semi-estruturadas, diários de bordo e notas de campo, que nos possibilitaram, no decorrer de nossas análises, maiores detalhes referentes às práticas discursivas e de (não) subjetivação por parte dos/as professores/as, da diretora, da coordenação pedagógica, e dos/as alunos/as. No decorrer de nossas análises, percebemos que a escola, enquanto instituição social, infelizmente ainda reproduz certos discursos considerados arraigados em relação às questões referentes ao gênero e às sexualidades. Para Foucault, o sujeito é o resultado de uma prática discursiva, ou seja, ele é sempre fabricado, moldado por um discurso. Neste sentido, há, na escola, uma produção de saberes e poderes, veiculada nos discursos, que tentam, de certa forma, padronizar, moldar, fabricar corpos legíveis e legítimos, de modo a atenderem aos padrões de uma sociedade heteronormativa e falocêntrica, isto é, trata-se de uma prática pedagógica que alija aqueles que não se encaixam em um padrão preestabelecido, de modo que os/as alunos/as homossexuais são excluídos do processo educacional ou são obrigados a dissimularem a sua identidade de gênero e sexual para que possam estabelecer uma convivência pacífica e aceitável no ambiente escolar. |