Seleção e ganho genético em progênies de polinização aberta de Eucalyptus Dunnii para tolerância ao frio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teixeira, Lorena Gama
Orientador(a): Moraes, Cristiano Bueno de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Gurupi
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais - PPGCFA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1282
Resumo: O Brasil tem utilizado, cada vez mais, técnicas avançadas de manejo sustentável, com isso o setor de florestas plantadas tem crescido. Avanços alcançados no setor florestal brasileiro são expressivos, principalmente quando falamos em produtividade. Com isso o objetivo do trabalho é estimar os parâmetros genéticos quantitativos das progênies sob o efeito de geada e selecionar as melhores progênies para subsidiar o programa de melhoramento de Eucalyptus dunnii, observando assim os ganhos da espécie. O experimento foi instalado no município de Palma Sola – SC (Empresa Palmasola) em 2016, o clima do local de plantio é do tipo Cfa, subtropical, com ocorrência de geadas. O delineamento estatístico foi em blocos ao acaso com 163 progênies Eucalyptus dunnii, sendo duas testemunhas clonais, 6 repetições e 6 plantas por parcela. O espaçamento utilizado no plantio dos testes foi de 3 x 2 metros e bordadura externa dupla. As características avaliadas foram: Altura total das plantas, tortuosidade do fuste e a porcentagem de plantas bifurcadas, tombadas e quebradas. A avaliação da tolerância à geada foi feita indiretamente por meio de uma escala de notas, variando de 1 a 5. Foram estimados os componentes de variâncias e dos parâmetros genéticos utilizando o procedimento REML/BLUP. A porcentagem de sobrevivência das plantas foi de 93%. Observou-se que algumas plantas sofreram danos intensos, dano igual a 4. A porcentagem de plantas bifurcadas aos 07 meses de idade foi de 3,81% semelhante a encontrada na soma de árvores tombadas e quebradas. Quanto a porcentagem das progênies estáveis (sem bifurcações, tombamentos e quebras) foi de 86,41%. Mais de 50% das progênies foram tolerantes pelo fato de não terem obtido nenhum dano visual, na duas idades nas quais foram avaliadas. A h²a variou ao longo do tempo em que foi feito as duas avaliações, apresentando valores de 0,28 à 0,86. A h²mp% nas duas avaliações, foram de magnitude alta (0,58 à 0,82). A acurácia para altura, forma de fuste e geada foram acima de 76% em todas as idades, indicando boa precisão da seleção e maior ganho genético. Quanto CVexp%, para altura e forma do fuste obtiveram valores médios, demonstrando boa precisão experimental dos parâmetros. As correlações genéticas e fenotípicas entre as variáveis, na maioria, foram fracas (< 0,50) e negativas, para as idades avaliadas, indicando que a seleção indireta não será uma boa alternativa e de maneira geral as variáveis avaliadas são independentes. Observamos que 54,86% das progênies obteve nota 1. Há presença de variabilidade genética, essa variação genética. As herdabilidades (h²) foram de médias a altas para danos causados por geada, métodos simples podem ser eficientes na seleção. Todas as variáveis, de maneira geral, apresentaram baixas correlações genéticas e fenotípicas entre si, demonstrando que a seleção indireta não é eficiente para os caracteres avaliados nessa população; Foram selecionadas 32 progênies que apresentaram potenciais para tolerância a geada.