Produção de bovinos de corte em pastagem de capim Mombaça sob diferentes níveis de adubação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Rafael de Oliveira da
Orientador(a): Miotto, Fabrícia Rocha Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/558
Resumo: Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito das doses de nitrogênio sobre as características morfogênicas, estruturais, crescimento da cultura e no desempenho de novilhos de corte em pastagem de Panicum maximum cv. Mombaça no norte de Tocantins. Os tratamentos consistiram nas aplicações de: 114,2, 228,3 e 342,5 kg/ha de nitrogênio aplicado na forma de sulfato de amônio no período das águas, nos meses de dezembro a abril de 2016. A pastagem foi adubada ainda com 50 kg/ha de P2O5 na forma de superfosfato simples previamente ao experimento, e K2O na forma de KCl, aplicado juntamente com o nitrogênio na proporção 1:0,5. Utilizou-se 24 novilhos Nelore com nove meses de idade e 173 kg de peso vivo médio inicial para avaliação de desempenho e 36 animais reguladores para manter a altura de saída da forragem. A pastagem foi manejada em pastejo rotacionado, com sete dias de pastejo e 21 dias de descanso. Para as medidas relacionadas a morfogênese, estrutura e composição química, foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, com medidas repetida no tempo, três tratamentos, dois blocos por tratamento com quatro ciclos e quatro repetições (piquetes) por bloco, avaliando-se a interação entre tratamentos e ciclos. Para avaliação do desempenho animal utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, com medidas repetidas no tempo, com três tratamentos, quatro ciclos de pastejo e oito repetições (animais) por tratamento, avaliando a interação entre tratamentos e ciclos. As variáveis foram submetidas a análise de variância a 5% de significância pelo teste t de Student. As maiores doses de nitrogênio não influenciaram a taxa de alongamento foliar, taxa de aparecimento foliar, taxa de alongamento de haste, filocrono e densidade populacional de perfilhos (p>0,05), no entanto, sofreram influência dos ciclos de pastejo (p<0,05), com exceção do filocrono. Com o aumento da dose de N de 114,2 para 342,5 kg o índice de área foliar pré-pastejo aumentou de 8,86 para 13,84 m2. O comprimento final das folhas expandidas sofreu incrementos de 9,6% com a maior dose (p<0,05). A maior dose de nitrogênio aumentou a taxa de crescimento cultural (p<0,05) com valores de 254,74 e 188,41 kg/ha/dia na maior e menor dose, respectivamente. A massa seca de forragem total, das lâminas foliares e de colmo verde prépastejo foram afetadas com a dose de 342,5 kg/ha de N (p<0,05), aumentando em 19,2; 20,7 e 32,6%, respectivamente, em relação a menor dose. Houve redução dos teores de FDN e FDA e aumento da PB (p<0,05) com a elevação das doses de 114,2 para 342,5 kg. O ganho médio diário dos animais não foi influenciado pelos tratamentos (p>0,05), com valor médio de 0,470 kg/animal/dia, no entanto, o ganho por área e a taxa de lotação foram incrementados pela maior dose, sobretudo nos dois ciclos intermediários (2º e 3º), apresentando valores médios de 5,51 e 6,38 kg/ha/dia e taxa de lotação de 5,5 e 7,0 UA/ha nas doses de 114,2 e 342,5kg de nitrogênio, respectivamente. Os parâmetros sanguíneos não foram afetados pelas doses de nitrogênio (p>0,05). Conclui-se que em pastagem de capim-Mombaça as características morfoestruturais relacionadas ao índice de área foliar, comprimento final das folhas e taxa de crescimento cultural aumentam com a elevação das doses de nitrogênio de 114,2 para 342,5 kg/ha/ano de nitrogênio. A massa seca de forragem total e de seus componentes morfológicos é incrementada com doses de 342,5 kg/ha de nitrogênio. A utilização da maior dose nitrogênio melhora a qualidade nutricional do Mombaça, reduzindo os teores de FDN e FDA e elevando a fração de proteína bruta na matéria seca. O aumento das doses de 114,2 para 342,5 kg/ha de nitrogênio não melhora o desempenho individual dos animais, no entanto, aumenta a produtividade por área.