Análise da eficiência do desaguamento de lodo de ETA por tubo geotêxtil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Gabriel Antonio Ribeiro
Orientador(a): Silva, Giulliano Guimarães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental - PPGEA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/7157
Resumo: Discussões a respeito da gestão do lodo de ETA têm sido pauta em diversas reuniões e trabalhos científicos nas recentes décadas. O constante aumento populacional, atrelado ao desenvolvimento tecnológico evidenciado nos últimos anos têm colaborado significativamente para o aumento da geração de lodo, especialmente aqueles produzidos em Estações de Tratamento de Água (ETA). A gestão do lodo é, portanto, uma problemática a nível ambiental, social e financeiro, e tem como uma das principais etapas as técnicas de desaguamento, procedimento responsável pela redução volumétrica, estabilização da fase sólida e reaproveitamento da fase líquida. Diante disso, a utilização de tubos geotêxteis como tecnologia de desaguamento vem sendo bastante difundida em ETAs, embora ainda existam poucos estudos que abordem a parametrização de projetos, e o tipo e a dosagem de condicionantes químicos ideais para cada ETA. Portanto, o presente trabalho buscou avaliar, a partir da execução de ensaios de bancada, o desempenho do processo de desaguamento de lodo de estação de tratamento de água por tubos geotêxteis, a partir da simulação de diversas concentrações de Sólidos Suspensos Totais (SST) e condicionantes químicos. Os resultados dos ensaios de bancada mostraram que a concentração de SST inicial do lodo e a dosagem do polímero não-iônico, exerceram influência na retenção do material sólido pelo tecido geotêxtil e o tempo de desaguamento. Os ensaios de desaguamento de lodo em bancada, tanto pressurizado, quanto a gravidade, obtiveram os melhores resultados de turbidez quando aplicadas dosagens de 1,5 mgPol/gSST com lodo em concentrações de SST variando de 2,5 g/L a 18,5 g/L. Em dosagens de polímero acima de 6 mgPol/gSST foi evidenciado alterações físicas do líquido filtrado e um aumento nos valores de turbidez do filtrado. Foi evidenciado ainda, uma retenção de 13% do teor de sólidos no interior do tubo geotêxtil para lodo com concentração de 2,5 g/L e 17,4% e 14,5% para lodos em concentrações de 10,5 g/L e 18,5 g/L, respectivamente. Os resultados obtidos a partir do planejamento experimental evidenciam a viabilidade técnica do desaguamento de lodo de ETA através de tubo geotêxtil, entretanto, devem ser realizados ensaios em escala real visando a confirmação dos resultados obtidos a partir dos ensaios de bancada.