Os saberes das mulheres de barro de Parauapebas-Pará (2019-2021): contribuições para aprendizagem crítica
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino de História - ProfHistória
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6498 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como temática os saberes que são produzidos pelas mulheres da Cooperativa Mulheres de Barro na cidade de Parauapebas, no estado do Pará. Utilizando a perspectiva analítica da decolonialidade, com o objetivo de historicizar os saberes produzidos por quatro mulheres artesãs e colocá-las como sujeitas de um processo histórico, rompendo com uma historiografia tradicional, na qual o pensamento patriarcal e machista são marcas predominantes de dominação do masculino sobre o feminino. No início da pesquisa foi aplicado um questionário junto aos estudantes sobre mulheres, aprendizagem e metodologia nas aulas de História e realizado oficinas. Tivemos como respostas diferentes posicionamentos dos estudantes servindo como base para o desenvolvimento do trabalho. Na tentativa de compreender a desqualificação do feminino na sociedade, fiz a seguinte indagação: as experiências vividas pelas mulheres artesãs da Cooperativa Mulheres de Barro são possibilidades de uma aprendizagem crítica? Com este trabalho percebi que historicizar as narrativas dessas artesãs é fomentar possibilidades de emancipação e valorização de seus fazeres. As biografias dessas mulheres artesãs permitiram dar visibilidade acadêmica para elas e a possibilidade de utilização dessas biografias como aporte para aprendizagem da História Local, além do mais o conhecimento dessas narrativas tornam-se uma possibilidade metodológica para uma aprendizagem crítica dos estudantes que, após visitar à cooperativa, passaram a se reconhecer como instrumento para a compreensão de sua própria historicidade, valorizando o seu meio social e se reconhecendo como sujeito(a) histórico(a). Para fundamentar a presente pesquisa utilizei como metodologia a História Oral referenciada por Portelli (1997). Tendo como aporte os ensinamentos de Barca (2004) com o modelo de aula-oficina a fim de promover uma ponte entre o conhecimento teórico e a prática dos estudantes. Ao dialogar com a aprendizagem crítica recorri aos ensinamentos de Freire (1985, 1986, 1987). A possibilidade de conhecer a história dessas mulheres artesãs, com o olhar da (des)colonialidade tive como referência Lugones (2008), Bell Hooks (2013) e Gonzalez (2008). O produto final da pesquisa, consistiu a realização de uma sequência didática para servir como aporte aos docentes que queiram trabalhar com a aprendizagem crítica por meio das visitas a uma cooperativa de mulheres. |