Desafios e perspectivas da educação do campo: uma análise em Porto Nacional – TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Luziane Miranda da
Orientador(a): Cabral, José Pedro Cabrera
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1197
Resumo: A educação do campo, originada da luta pela terra e por escola, tem se constituído um instrumento de apoio essencial para a formação e emancipação de seus sujeitos. Sendo assim, considera-se importante compreender como essa política pública tem se desenvolvido nos municípios, de maneira que ela seja afirmada como direito do povo e não mercadoria. Por isso, esse trabalho objetivou analisar a situação educativa e os conflitos que envolvem a educação do campo em Porto Nacional – TO. Como metodologia foi realizado um estudo descritivo, com abordagem quantiqualitativa, através de levantamento de campo e como método de coleta de dados primários: entrevista, observação e aplicação de questionários. Dados secundários foram obtidos através análise documentos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Nacional e de textos acadêmicos relacionados ao tema. O processamento dos dados foi feito a partir da interpretação, reflexões e inferências. Os resultados mostram que os desafios em destaque são: insuficiência de recursos financeiros destinados às escolas; predominância de um ensino tradicional com ausência e/ou fragilidade de princípios, políticas e práticas da educação do campo; falta de formação continuada de professores e incentivos financeiros que diminua a rotatividade desses profissionais nas escolas; quebra e atraso no transporte escolar; estrutura física limitada e fechamento de escolas. Portanto, é necessário reafirmar a importância da organização coletiva da luta, na perspectiva de conseguir: Combater o fechamento de escolas através organização da comunidade, parcerias com instituições jurídicas e diálogo entre essas escolas e secretaria de educação para construção de acordos que melhor atenda ao interesse educacional e social do educando e sua comunidade; que o governo pense em educação como investimento e não como gasto; que discussões, formações e reflexões sejam feitas a respeito dos princípios, práticas e políticas no intuito de criar ações que viabilizem uma estrutura pedagógica conforme preconiza as diretrizes; mais fiscalização e melhor distribuição das rotas no transporte escolar e garantia de estrutura adequada que possibilite qualidade educacional. Apesar dos desafios os sujeitos da educação do campo continuam em movimento, com boas perspectivas e sonham com a educação de qualidade e em todos os níveis, no lugar onde vivem. A escola do campo deve funciona pautada em princípios como: solidariedade, sustentabilidade, valorização da cultura camponesa, vinculação dos conhecimentos clássicos com a realidade, aprendizado através do trabalho na terra, desenvolvimento da agricultura camponesa e vínculo com os movimentos sociais. Somente essa escola pode desempenhar o papel de contribuir com a formação de cidadãos conscientes e capazes de atuar na consolidação de um campo mais justo, evitando o êxodo rural e consequente ampliação da miséria urbana.