Os limites e as possibilidades do Programa Reuni: um estudo de caso da experiência da UFT
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas - Gespol
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/236 |
Resumo: | A partir dos anos 2000 houve um incremento significativo de políticas que buscam a democratização do acesso, principalmente voltadas ao acesso nas instituições federais. Nesse contexto nasce o programa de apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais - REUNI. O programa teve por principal objetivo aumentar o acesso ao ensino superior nas universidades federais e proporcionar uma reestruturação das grades curriculares, com inserção das chamadas formações interdisciplinares. Além do mais, o programa trouxe um conjunto de diretrizes e metas que deveriam ser perseguidas e adotadas como práticas acadêmicas e pedagógicas. Contudo, ele não foi uma política dissociada das reformas anteriores, pois objetivava dar cumprimento as metas do Plano Nacional de Educação – PNE de 2001 que buscava expandir o atendimento das vagas para no mínimo 40% no setor público e 30% para os jovens na faixa etária entre 18 e 24 anos. O programa foi implantado cercado por duas grandes discussões: primeiro, ocasionaria a precarização do trabalho docente e a mercadorização do ensino, segundo, proporcionaria a interiorização e a democratização do acesso e levaria o setor público a recuperar o protagonismo no atendimento da demanda por ensino superior no Brasil. Tendo por base essa conjuntura, este trabalho adotou como objetivo principal, compreender o processo de implantação do programa REUNI na universidade federal do Tocantins - UFT e verificar a partir da visão dos gestores como estão sendo trabalhadas as suas diretrizes. A metodologia adotada foi a abordagem qualitativa com aportes quantitativos documentais e o método adotado foi o estudo de caso. Os atores ouvidos por meio de entrevistas semiestruturada foram os diretores dos campus universitário de Palmas, Araguaína e Gurupi, que participaram da expansão, 13 coordenadores dos cursos que foram criados a partir do programa, pró-reitora de graduação, vice-reitora e ex-reitor da universidade. A vice-reitora e o ex-reitor foram ouvidos para compreendermos o processo de adesão ao programa em 2007 e sua consequente implantação até 2012. Os resultados apontam que o REUNI na UFT foi um programa muito exitoso sob o ponto de vista da expansão, democratização do acesso, atendimento de demandas por novas formações para o Estado, fortaleceu as licenciaturas que vão impactar na educação básica e as engenharias que cumprirão um papel importante num Estado ainda em desenvolvimento e proporcionou a melhoria do quadro docente. Contudo, tem sido um programa problemático sob o aspecto da infraestrutura física, principalmente, a laboratorial, muitas diretrizes não têm recebido atenção, a exemplo da evasão que possui índices altíssimos e foi um programa refutado sob o aspecto da reestruturação. As inovações por ele propagadas tem sido muito incipientes e pouco avançou para além das concepções teóricas. |